Servidores fortalecem mobilização no Rio de Janeiro

Os trabalhadores do Judiciário Federal no Rio estão em processo de mobilização com atividades que pretendem fortalecer a luta por suas reivindicações salariais e de carreira

A mobilização dos servidores do Judiciário Federal do Rio será mantida no período em que a Direção da Fenajufe e representantes do Supremo Tribunal Federal (STF) estiverem negociando, pelos próximos 15 dias, a elaboração de um substitutivo para o PL 6.613/09. Assim, para garantir a pressão sobre o governo e o tribunal, a categoria no Rio aprovou em assembleia, dia 14 de maio, por unanimidade, cumprir a risca o calendário de atividades deliberado na Reunião Ampliada da federação de 10 de maio.

A principal atividade que deverá contar com grande participação do funcionalismo no estado será a do “Apagão do Judiciário e do MPU”, agendado para o dia 21 deste mês. Para o dia 29, está prevista a realização de atos organizados pelos sindicatos em todo o país.  Esta data coincide com a previsão do diretor-geral do STF, Miguel Fonseca, para o término da agenda do grupo de trabalho que apresentará uma proposta de recomposição salarial referente à pauta emergencial da categoria a ser enviada à Câmara Federal.

“Com a implementação de uma mesa de negociações com o STF, com a participação da Fenajufe, temos que avaliar e ter responsabilidade em se decidir a respeito de aprovarmos uma greve nesse momento. É preciso levar em conta, também, o quadro nacional do nosso movimento. Conseguimos abrir a negociação com o STF e precisamos esperar o resultado para aí sim reavaliarmos a forma de construir uma greve forte”, destacou o diretor-presidente do Sisejufe, Valter Nogueira Alves, para quem a mobilização, até agora, dos servidores do Judiciário, apesar de não ser a ideal, obteve resultados positivos, principalmente em relação à proposta do STF de elaborar um projeto de lei para criar uma carreira exclusiva no Judiciário. “Conseguimos barrar essa proposta do STF. E isso foi um grande avanço, além de termos conseguido fazer o tribunal sentar à mesa para negociar outras questões”,

Mara Weber, coordenadora-geral da Fenajufe, que participou da assembleia no Rio, ressaltou que a categoria precisa mais do que nunca estar alerta, mantendo a capacidade de luta. Ela lembrou que o sindicato do Rio foi o principal defensor da retomada da luta pelo PL 6.613/2009 como forma de unificar a categoria em prol de uma pauta. “Vocês do Rio de Janeiro estão de parabéns pela proposta de retomar a luta pela provação do 6.613, mas temos outros focos a serem atacados como a PEC 59″, defendeu a dirigente nacional da categoria.

O representante de base das zonas eleitorais João Mac-Cormick também defendeu que o momento é para se esperar a definição das negociações entre a federação e o STF. Mas afirmou que é preciso intensificar a mobilização: “Por isso defendo cumprirmos o calendário da Fenajufe durante o período das negociações, mas também temos que adotar iniciativas pontuais que reforcem a nossa luta”.

O servidor Rinaldo Martins ressaltou a importância da instituição da mesa de negociação com o Supremo, resultado, segundo ele, da unidade da luta do funcionalismo. Também defendeu o cumprimento do calendário de lutas aprovado na Ampliada da federação.

No fim da assembleia, os participantes elegeram delegados para o Encontro Nacional dos Técnicos Judiciários e representantes para a próxima reunião Ampliada da Fenajufe, em 1º de junho.

Fonte: Sisejufe/RJ, por Max Leone

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *