A Greve é nacional, e a Categoria luta contra a defasagem salarial, contra a PEC 59 e contra a criação de carreiras exclusivas, dentre outras reivindicações
Quais os motivos da greve por tempo indeterminado que servidores do judiciário federal de Mato Grosso iniciarão no dia 29 de abril? O Sindijufe-MT já enviou ofício às administrações dos tribunais, e também vem informando a sociedade e os próprios Servidores, sobre a manifestação e as reivindicações da Categoria, ratificadas na assembleia geral extraordinária de 9 de abril, no TRT, que aprovou a greve.
Uma das ferramentas que vêm sendo utilizadas pelo Sindicato na divulgação das bandeiras de luta da Categoria são os panfletos, e três diretores do Sindijufe-MT se encarregaram pessoalmente da panfletagem, nesta segunda-feira, 14 de abril, por ocasião da instalação da 9.ª Vara Federal da Seção Judiciária de Mato Grosso. Na saída da cerimônia, todos os participantes receberam o panfleto do Sindijufe-MT expondo os motivos e convidando os Servidores para aderirem à greve.
Conheça as reivindicações
A Greve por tempo indeterminado, que em Mato Grosso terá início no dia 29/4/14, é uma greve nacional, de acordo com o calendário da Fenajufe (Federação dos Servidores do Judiciário Federal). Esta greve de 2014 será unificada com a greve dos Servidores Públicos Federais (SPFs), com diversas pautas comuns e bandeiras de lutas específicas.
As reivindicações específicas dos servidores do judiciário federal são as seguintes:
– Reposição das perdas salariais acumuladas desde junho de 2006, com base no acumulado do ICV-Diesse;
– Antecipação da 3ª parcela da reposição salarial prevista para janeiro de 2015 para 2014;
– Definição de política salarial permanente com respeito à data base;
– Aprovação do PL 319/2007, na sua versão original;
– Abertura de mesa de negociação para tratar da pauta de reivindicações;
– Criação de comissão interdisciplinar paritária entre Fenajufe e tribunais superiores para discutir carreira e condições de trabalho, e não apenas GTs para tratar de carreiras específicas isoladas para tribunais superiores;
– Aumento dos valores repassados aos benefícios (saúde, alimentação, creche etc), com extensão desses benefícios a aposentados e pensionistas, além da extensão a todo o Judiciário Federal do fornecimento de remédios para doenças crônicas a aposentados feito pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região;
– Pagamento dos passivos devidos aos servidores;
– Posição contrária à criação de aumento de CJs e FCs no Judiciário Federal (PLs 5382/13 e 5426/13);
– Posição contrária à PEC 59/13, que dispõe sobre a criação do estatuto dos servidores do Poder Judiciário;
– Cobrar do Poder Judiciário o cumprimento da previsão constitucional da auditoria da dívida pública;
– Lutar pelo reenquadramento dos auxiliares de nível intermediário;
– Lutar pela aprovação do Projeto de Lei de isonomia dos chefes de cartório;
– Formalização de critérios objetivos para remoção e redistribuição no Judiciário Federal;
– Jornada de 6 horas, com pausa.
Legalidade do Movimento
Como é de praxe em todas as Greves e paralisações puxadas pelo Sindijufe-MT, uma das primeiras providências tomadas pelo Sindicato foi no sentido de assegurar a legalidade do Ato.
Conforme os ofícios enviados às administrações da justiça do trabalho, justiça eleitoral e justiça federal de Mato Grosso, o Sindijufe-MT destaca o compromisso pela manutenção dos serviços essenciais nos três órgãos, bem como pela colocação do trabalho em dia, após a Greve e decorrente dos dias parados, caso não haja corte de ponto ou qualquer outro tipo de retaliação.
Leia, a seguir, o inteiro teor dos ofícios encaminhados às administrações, comunicando sobre a Greve.
O Sindijufe-MT também lembra a todos que na terça-feira (22) terá início a Semana Nacional de Mobilização para construção da Greve.
Fonte: Sindijufe-MT