Sindjufe-BA repudia a fala do ministro Paulo Guedes e acionará no MPF

 

 

 

                                                         

Indiciado por diversas fraudes bancárias, Paulo Guedes acusa servidores de conivência com a “roubalheira”

O Ministro da Economia do desgoverno Bolsonaro, Paulo Guedes,  numa sessão da Comissão Especial da Câmara dos Deputados no dia 8 de maio, quando expunha seu famigerado projeto de acabar com a Previdência Social Pública no Brasil, lançou uma grave acusação à totalidade dos servidores públicos no Brasil: A acusação do sinistro foi de que os servidores públicos seriam coniventes com “roubalheira”.
O sinistro ministro, que já foi indiciado por várias denúncias de ilícitos fiscais, dentre elas fraudes no esquema de securitização da dívida pública em Minas e fraudes em fundos de pensão, vem agora, descaradamente, apontar o seu dedo sujo para os servidores públicos, em mais um dos vários ataques que estão sendo feitos a esses trabalhadores pelo desgoverno do qual faz parte. Vale lembrar aos colegas que ele fez parte da equipe que destruiu a Previdência Pública do Chile, utilizando a sangrenta ditadura militar de Pinochet, que, trinta anos após ser transformada em regime de capitalização, fez o País ganhar o prêmio de campeão latino-americano em suicídios de idosos. 

Várias pesquisas isentas mostram que a chaga da corrupção é presente em quase todas as estruturas do poder público, mas é incomparavelmente menor entre servidores concursados do que em áreas com gestores temporários. Mas são justamente os concursados o alvo preferencial do sinistro, que trabalha para a extinção dos concursos  e para que os cargos comissionados e a terceirização invadam todas as áreas do serviço público, em benefício das empresas privadas, com o aviltamento  dos salários dos seus funcionários, para assim auferirem mais lucros.
 
É bom o ministro lembrar que o seu atual chefe e presidente do País, bem como alguns dos seus filhos, são acusados de contratar funcionários “fantasmas” em seus gabinetes, quando atuavam no Rio de Janeiro. Sem falar na mãe e irmã do chefe da mais sanguinária milícia do Rio, acusados de matar a vereadora Mariele e seu motorista, Anderson, mas mantidos ali empregados durante anos a fio. Mas sobre isso ele nada fala. Esquece o ministro ainda que todas as fiscalizações, investigações e punições são ser feitas por agentes públicos, e se há corruptos soltos a culpa não é dos servidores.  O sinistro nunca se referiu aos inúmeros os casos de servidores assassinados no exercício da função pública, principalmente fiscais, policiais e Oficiais de Justiça, bem como a bravura cotidiana dos bombeiros, verdadeiros heróis, mas que nunca são lembrados positivamente.
 
O SINDJUFE-BA não se limitará a emitir mais uma nota de repúdio aos desmandos e desrespeitos desse desgoverno autoritário. Adotaremos as medidas judiciais cabíveis, acionando ministro para que seja responsabilizado pelas suas acusações levianas aos servidores, bem como passe a agir com um mínimo de respeito no trato com trabalhadores e trabalhadoras do serviço público e com todos os demais.

 

A DIRETORIA