Sindjus-DF defende Justiça do Trabalho em ato nacional

 

 

 

O Sindjus-DF, juntamente com servidores, juízes, procuradores, advogados e representantes de diversas associações, participou de ato na manhã desta segunda-feira (21/01), em Brasília, em defesa da Justiça do Trabalho. O Sindicato levou diversas faixas ilustrando a insatisfação dos servidores e a importância desse ramo do Judiciário para toda a sociedade.

Participaram pelo Sindjus-DF os coordenadores Abdias Trajano, Anderson Ferreira, Arlete Ribeiro, Chico Vaz, Cledo Vieira, Gisele Sérgio, Júlio Horta, Roberto Jovane e Sonia Soares.

A mobilização ocorreu no prédio da Justiça do Trabalho (513 Norte). Em vários estados também houveram manifestações com o mesmo objetivo, uma vez que o ato em defesa dos direitos sociais e da Justiça do Trabalho é nacional.

O ato é uma resposta a declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, que, em entrevista, poderia propor a extinção da Justiça do Trabalho. A manifestação demonstra que as entidades estão unidas e mobilizadas contra qualquer decisão que venha suprimir ou extinguir a JT.

Conforme já adiantado pelo Sindjus-DF, que tem articulado uma grande frente de luta com várias entidades, haverá uma série de atividades com o intuito de defender a Justiça do Trabalho. Quando o Congresso Nacional retomar os trabalhos, por exemplo, serão feitas visitas aos deputados e senadores, preparando o terreno para uma possível batalha legislativa.

Confira a seguir a fala do coordenador-geral do Sindjus-DF Abdias Trajano proferida no ato em defesa da Justiça do Trabalho:

Vivemos um período histórico importantíssimo, onde a sociedade brasileira clama pelo fim da corrupção, pela legalidade e pela moralidade administrativa. Desse modo, não é justo que o presidente da República opte por um caminho de retrocesso e de afronta à Constituição, defendendo o debate sobre a extinção da Justiça do Trabalho.

A Justiça do Trabalho é uma instituição pública que nunca se corrompeu, que nunca se curvou diante do poderio econômico e que sempre pautou sua integridade administrativa pelo respeito da legalidade e da defesa da ordem constitucional e democrática. Com seriedade e imparcialidade, a justiça trabalhista pacifica os conflitos sociais entre a classe patronal e a classe trabalhadora, sendo crucial para o equilíbrio de forças existentes.

Como coordenador-geral do Sindjus-DF quero ressaltar a dedicação, a determinação e a competência dos servidores da Justiça do Trabalho. Analistas, técnicos e auxiliares do Poder Judiciário e do Ministério Público que colaboram efetiva e diariamente para o funcionamento dessa engrenagem fundamental à democracia do nosso País.

Dizer que a Justiça do Trabalho é exclusividade do Brasil é uma inverdade, já que ela existe em vários países, tais como Alemanha, Espanha, México, Austrália, França, Argentina, Paraguai…

Também não é possível dizer que o Brasil tem uma das maiores taxas de reclamações trabalhista do mundo. A própria Organização Internacional do Trabalho afirma que não tem conhecimento de dados que permitam fazer essa comparação.

Agora, é verdadeira a afirmação de que a Justiça do Trabalho é, segundo dados do CNJ, referência em matéria de celeridade e eficiência.

Quero cumprimentar todos os servidores, magistrados, procuradores e advogados que fazem da Justiça do Trabalho brasileira um exemplo de sucesso.

Por que então atacar o que está dando certo?

Justamente por não se render a interesses escusos, a Justiça do Trabalho incomoda o poderio econômico, sendo uma pedra no meio do caminho daquelas que tentam passar o rolo compressor por cima dos direitos dos menos favorecidos, que só têm duas portas para bater e pedir por Justiça; primeiro, as portas da casa de Deus e segundo, as portas da justiça trabalhista. Parabéns aos bravos colegas que estão aqui e vamos à luta pela valorização da Justiça do Trabalho.

 

 

 

 

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