Trabalhadores do Judiciário Federal no Rio paralisam por duas horas

Os servidores das Justiças Federais no Rio de Janeiro paralisaram suas atividades durante duas horas nessa quarta-feira, dia 7 de maio. O objetivo do ato foi o de fortalecer a mobilização para a Campanha Salarial 2014. Para o funcionalismo, uma greve por tempo indeterminado pode começar a qualquer momento caso o governo federal não aceite negociar com os representantes da categoria.

Importante lembrar que no dia 6, terça-feira, houve uma reunião da Fenajufe como o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) cujos representantes do ministério apontaram para o Supremo Tribunal Federal (STF) como sendo o caminho da negociação. Reunião já está agendada como o STF para o dia 9 de maio, sexta-feira, com caráter de mesa de negociação.

Categoria se esforça na mobilização

Houve manifestações e paralisação em foros como o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), na rua do Acre; o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na avenida Presidente Wilson; e na Seção Judiciária do Rio de Janeiro (SJRJ), na avenida Rio Branco.

Apesar de poucos estados já terem deflagrado a greve, a indisposição do governo em dialogar e a falta de posicionamento sobre a viabilidade de aprovação do PL 6.613/09 são motivos que podem provocar uma completa paralisação dos servidores do Judiciário Federal. Para o vice-presidente do Sisejufe, Ronaldo Almeida das Virgens, a unidade e a disposição para continuar lutando são fundamentais nesse momento. “Vamos unir forças porque juntos podemos contagiar ainda mais servidores para que eles deixem o seu local de trabalho e participem da mobilização”, ressaltou o dirigente, durante a paralisação no TRF2, na rua do Acre, Centro do Rio.

Edson Mouta, também diretor do Sisejufe, lembrou que para o PL 6.613/09 foram produzidos estudos que comprovam que o reajuste é viável e, por isso, a luta pela sua aprovação precisa continuar. “Se a gente não se mobilizar ainda mais, a desvalorização vai aumentar”, ressaltou o dirigente sindical.

Acácio Aguiar, servidor do TRF2, sugeriu que o sindicato organize assembleias setoriais nos diferentes prédios das justiças federais no Rio, o que, segundo ele, “traria uma responsabilidade maior para os polos e os servidores ficariam mais comprometidos com as decisões das assembleias”.  Na avaliação da Direção do Sisejufe, a realização de assembleias separadas não favorece a união dos servidores e pode trazer problemas com decisões diferentes em cada fórum, fragmentando as ações da categoria.

PL 6.613/09 é viável

Na manifestação no TRE, o diretor-presidente do Sisejufe, Valter Nogueira Alves, voltou a destacar que a luta pela aprovação do PL 6.613/09 é uma proposta viável, tendo em vista o seu impacto relativamente baixo para as contas do governo. Ele lembrou que um estudo encomendado pelo sindicato mostrou exatamente isso:  ”O PL dará um acréscimo de apenas 0,18 ponto percentual nos gastos do Judiciário com pessoal, passando dos atuais 2,95% para 3,13%. Sem contar que a proposta está em tramitação no Congresso Nacional”.

Segundo Valter, o PL 6.613/09 também servirá para barrar a intenção do STF de apresentar proposta de fragmentação da carreira judiciária. ”O PL inibiria a proposta do STF, evitando que as carreiras dos tribunais superiores sejam favorecidas”, advertiu o presidente do Sisejufe.

Fonte: Sisejufe/RJ, por Mariana Schneider e Max Leone

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