Sindjufe/BA
O SINDJUFE-BA recebeu reclamações sobre o início de mais um processo de recadastramento biométrico extraordinário. O problema é que esse processo está marcado para ocorrer a partir do dia 5 de novembro, ou seja, imediatamente após as eleições. E segue até 22 de fevereiro de 2019, apenas 4 meses de prazo, sem falar que o mês de dezembro é atípico por causa do recesso forense, e também o mês de fevereiro entrecortado pelo Carnaval.
Mas essa decisão consegue ser ainda mais cruel: manterá vedada para os envolvidos, as folgas e férias, desde julho/18 até fevereiro/19, somando 7 meses sem descanso, deixando de considerar que o processo eleitoral por si só já os fazem extrapolar consideravelmente a jornada de trabalho, causando grande extenuação dos servidores do órgão.
O sindicato está em contato com os cartórios buscando convencer os magistrados para que intercedam diretamente à Presidência sobre a irrazoabilidade dessa proposta, cuja magnitude, segundo um servidor que não quis se identificar “exige planejamento, divulgação, treinamento, alocação de estrutura, e isso requer tempo, e as condições físicas e psicológicas dos servidores são elementos relevantes”. Para a coordenadora do SINDJUFE-BA, Denise Carneiro “não se trata de preguiça nem de desintesse em colaborar. Todos conhecem o empenho e apreço ao trabalho dos servidores do órgão, o problema é que essa tarefa para alcançar o sucesso devido, exige uma análise realista sobre as variáveis que lhes cercam. As contas não podem tratar apenas de números: existem pessoas envolvidas, pessoas que estarão exaustas, passíveis inclusive de adoecimento. Isso não pode ser desconsiderado.”
Fica a pergunta: por que essa tarefa não pode começar em janeiro de 2019 e se estender por até 5 meses, proporcionando tempo necessário para toda a preparação material e humana? Com a palavra, a Administração.