25 de julho

25 de julho

Dia Nacional da Mulher Negra e de Tereza de Benguela

Celebrada desde 2014 no Brasil, a data visa trazer reflexão sobre as condições, luta e resistência da mulher negra

Instituída em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data surgiu como um marco de denúncia contra o racismo, o machismo e demais discriminações enfrentadas pelas mulheres negras latinas e caribenhas. No Brasil, passou a ser celebrada somente a partir de 2014 e foi batizada como “Dia Nacional da Mulher Negra e de Tereza de Benguela”.

A iniciativa teve como objetivo, denunciar o racismo e o machismo enfrentados por mulheres negras não só nas Américas, mas também em todo o mundo.

As mulheres negras brasileiras representam 28,5% de toda a população, o que corresponde a mais de 60 milhões de pessoas. Essas mulheres estão no topo do ranking de toda forma de desigualdades sociais, de opressões, da falta de oportunidades e demais violências. São as que mais morrem como vítimas de feminicídio no país, estando na base da pirâmide social, atrás, até mesmo, dos homens negros.

Ainda assim, as mulheres negras brasileiras são exemplos concretos do mais profundo significado de verbos como resistir, construir, lutar, esperançar e avançar. Verbos que as tornam fortes o suficiente para jamais permitirem o apagamento de sua ancestralidade, suas histórias e tradições.

O dia 25 de julho, para além de celebrar a existência da mulher negra latina americana e caribenha, deve atuar como instrumento de resistência e luta por políticas públicas e sociais que promovam a reparação e o respeito à essas mulheres.

Origem

Em 1992, na cidade de Santo Domingo na República Dominicana no I Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, criou-se a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, onde definiu-se o dia 25 de julho como “Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha”.

No Brasil, a data foi oficializada em 2014, quando a então presidenta, Dilma Rousseff, sancionou a Lei nº 12.987/ 14 determinando o 25 de julho como “Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra”.

Tereza de Benguela

Mulher quilombola que se tornou líder, rainha e chefe de estado, após comandar o quilombo Quariterê, localizado entre a fronteira de Mato Grosso com a Bolívia no século XVIII. Tereza criou um sistema de Parlamento onde comandou a estrutura política, econômica e administrativa do quilombo.

Por suas mãos, o quilombo conquistou independência, desenvolveu a agricultura de algodão, milho, feijão, mandioca, banana. Além de vender produtos excedentes, o quilombo produziu tecidos de algodão para comercialização. O quilombo Quariterê foi destruído depois de 20 anos e seus habitantes mortos. Benguela foi presa e posteriormente morreu de desgosto. Em alguns registros, sua morte é associada ao suicídio.

A líder quilombola é um exemplo da importância da mulher negra em nossa história, que muitas vezes é negada ou ignorada pela historiografia tradicional. Nesse sentido, o estabelecimento do dia 25 de julho como Dia de Tereza Benguela, configura um esforço para reconhecer o papel da mulher negra na história do país e na atualidade social. Tereza de Benguela ficou reconhecida por sua visão vanguardista e estratégica.

Instituída em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU), a data surgiu como um marco de denúncia contra o racismo, o machismo e demais discriminações enfrentadas pelas mulheres negras latinas e caribenhas. No Brasil, passou a ser celebrada somente a partir de 2014 e foi batizada como “Dia Nacional da Mulher Negra e de Tereza de Benguela”.

A iniciativa teve como objetivo, denunciar o racismo e o machismo enfrentados por mulheres negras não só nas Américas, mas também em todo o mundo.

As mulheres negras brasileiras representam 28,5% de toda a população, o que corresponde a mais de 60 milhões de pessoas. Essas mulheres estão no topo do ranking de toda forma de desigualdades sociais, de opressões, da falta de oportunidades e demais violências. São as que mais morrem como vítimas de feminicídio no país, estando na base da pirâmide social, atrás, até mesmo, dos homens negros.

Ainda assim, as mulheres negras brasileiras são exemplos concretos do mais profundo significado de verbos como resistir, construir, lutar, esperançar e avançar. Verbos que as tornam fortes o suficiente para jamais permitirem o apagamento de sua ancestralidade, suas histórias e tradições.

O dia 25 de julho, para além de celebrar a existência da mulher negra latina americana e caribenha, deve atuar como instrumento de resistência e luta por políticas públicas e sociais que promovam a reparação e o respeito à essas mulheres.

Origem

Em 1992, na cidade de Santo Domingo na República Dominicana no I Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, criou-se a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, onde definiu-se o dia 25 de julho como “Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha”.

No Brasil, a data foi oficializada em 2014, quando a então presidenta, Dilma Rousseff, sancionou a Lei nº 12.987/ 14 determinando o 25 de julho como “Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra”.

Tereza de Benguela

Mulher quilombola que se tornou líder, rainha e chefe de estado, após comandar o quilombo Quariterê, localizado entre a fronteira de Mato Grosso com a Bolívia no século XVIII. Tereza criou um sistema de Parlamento onde comandou a estrutura política, econômica e administrativa do quilombo.

Por suas mãos, o quilombo conquistou independência, desenvolveu a agricultura de algodão, milho, feijão, mandioca, banana. Além de vender produtos excedentes, o quilombo produziu tecidos de algodão para comercialização. O quilombo Quariterê foi destruído depois de 20 anos e seus habitantes mortos. Benguela foi presa e posteriormente morreu de desgosto. Em alguns registros, sua morte é associada ao suicídio.

A líder quilombola é um exemplo da importância da mulher negra em nossa história, que muitas vezes é negada ou ignorada pela historiografia tradicional. Nesse sentido, o estabelecimento do dia 25 de julho como Dia de Tereza Benguela, configura um esforço para reconhecer o papel da mulher negra na história do país e na atualidade social. Tereza de Benguela ficou reconhecida por sua visão vanguardista e estratégica.