Começou nesta manhã (9) o Encontro Nacional da Fenajufe de Mulheres do PJU e MPU. O evento ocorre na sede em Brasília e excepcionalmente com participações no modo virtual.

As coordenadoras Lucena Pacheco, Soraia Marca, Márcia Pissurno e Paula Meniconi compuseram a mesa de abertura. Dando espaço para a reflexão, um poema da escritora e ativista Conceição Evaristo foi lido pela funcionária decana, Joana Darc. O poema “Vozes – Mulheres” fala de resistência e luta das mulheres, sobretudo das mulheres negras.

Os versos reforçam a ideia de uma luta contínua e intergeracional, onde cada mulher se apoia na força de quem veio antes e passa a voz adiante. É uma inspiração poderosa para as mulheres sindicalistas, que lutam por seus direitos e pelo futuro de outras mulheres.

Ainda estão presencialmente as coordenadoras Luciana Carneiro, Juscileide Rondon, Denise Carneiro e Maria Ires, membra do Conselho fiscal da Federação.

O debate inicial com o tema “Como elaborar uma análise de conjuntura a partir da realidade concreta”, foi com as palestrantes Zilmar Alverita da Silva, mestra em estudos Interdisciplinares de Gênero, Tatiana Oliveira, militante feminista da Marcha Mundial das Mulheres e Marilane Teixeira, mestra em Economia, professora e pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit – IE – Unicamp).

Zilma Alverita considera de grande importância a formação política das mulheres. Segundo ela, “não é possível fazer análise de conjuntura sem estudar a metodologia”. Ela faz uma reflexão sobre a ausência feminina em mesas de conjuntura. “Se a gente faz análise das eleições e não considera o resultado pensando na baixíssima representatividade das mulheres, sem considerar o desdobramento de tudo isso, vai ter uma leitura fragmentada, e distorcida”.

Para a militante feminista, Tatiana Oliveira, não tem uma fórmula pronta para fazer análise de conjuntura. “Cada uma é feita de acordo com a perspectiva individual”. Ela começa fazendo uma divisão entre o que é conjuntural e estrutural. Tatiana fez uma abordagem do sistema capitalista que, segundo ela “nunca foi meio de produção e sim de exploração feminina”.

Ela acentua que vivemos num país capitalista. “Somos periferia do sistema capitalista com problemas de saúde, educação e um passado escravocrata, onde ainda existe muita exploração. Somos um país em que as mulheres começaram a votar há menos de 100 anos e temos que pensar nesses elementos que “estruturam esse sistema”.

Em sua fala “A opressão, a exploração das mulheres é um elemento estruturante do sistema capitalista. O capitalismo nunca existiu na face da terra como meio de produção que organiza essa sociedade sem explorar as mulheres de maneira diferenciada”.

Em sua explanação, Marilane Teixeira afirmou que a conjuntura é o espaço da análise política, econômica e que, tradicionalmente, é o lugar onde as mulheres não estão. Justificando, ela ressaltou que a conjuntura é um espaço de privilégios e que eles, os homens, são legitimados para ocuparem esse espaço.

O encontro seguirá no período vespertino com a seguinte programação.

• 14h – História de atuação da inserção das mulheres do movimento Sindical na Fenajufe (depoimento de ex-coordenadoras da Fenajufe);
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  Mara Weber – servidora aposentada do TRT-4 e ex-coordenadora da Fenajufe e do Sintrajufe/RS;
  
  Elcimara Augusto de Souza – servidora do TJDFT, ex-coordenadora da Fenajufe;
  
  Lúcia Bernardes de Freitas – Servidora aposentada do TRT -3, ex-coordenadora da Fenajufe e ex-presidenta do Sitraemg/MG;
  
  Debate
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  Considerações das palestrantes;

• 20h – Atividade de confraternização em local a definir (cada uma paga a sua despesa);

Enviaram representantes os seguintes sindicatos.
Sindjufeba/BA, Sinje/CE, Sindissetima/CE, Sinjufego/GO, Sitraemg/MG, Sindjufe/MS, Sisejufe/RJ, Sintrajufe/RS, Sintrajud/SP, Sindiquinze/SP, Sinjuspar/PR, Sintrajufe/PI. Ainda registramos representação da Associação dos Servidores da Justiça no Distrito Federal (Assejus) e da Comissão Pró Fenajufe (CPF).

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