Ato em Porto Alegre reafirma reivindicação pelo reajuste de 15,93%; abstenções no Fórum e passivos irrelevantes na Federal causam indignação

O ato público teve cobertura da TVT, que destacou as pautas da categoria e o histórico da negociação com o STF.

Esta quarta-feira, 6, foi dia de mobilizações dos servidores e servidoras do Judiciário Federal pelo país. O Sintrajufe/RS realizou ato em Porto Alegre e participa, ao longo do dia, das atividades organizadas pela Fenajufe em Brasília. O objetivo das manifestações desta quarta foi defender que o Supremo Tribunal Federal (STF) envie ao Congresso proposta de 15,93% de reajuste para a categoria em 2026.

Em Porto Alegre, colegas se reuniram em frente ao prédio da Justiça Federal. A manifestação contou também com colegas que saíram da Justiça do Trabalho em ônibus do sindicato. O Sintrajufe/RS distribuiu, no ato, cartazes com os dizeres: “15,93% é maior que 8% – É preciso dizer o óbvio! – Ministro Barroso, nós queremos 15,93% de reajuste emergencial em 2026!”.

A diretora Arlene Barcellos, que também é coordenadora da Fenajufe, apresentou um relato sobre a situação das medidas que vêm sendo reivindicadas pela federação e pelos sindicatos. Uma delas se refere ao adicional de qualificação (AQ), cujo projeto de lei (PL 3084/2025) aguarda votação na Câmara dos Deputados.

Outra é a reestruturação da carreira, que, conforme promessa do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, será encaminhada até setembro deste ano. Por fim, a reposição salarial. Em relação a essa pauta, a luta é para que o STF encaminhe ao Congresso a proposta de 15,93% (5% no vencimento básico e GAJ de 165%), e não os 8% aprovados no Fórum de Carreira do Conselho Nacional de Justiça (veja ao final desta matéria como esse rebaixamento foi aprovado).

A direção do sindicato também apresentou relatos sobre pautas específicas dos colegas de cada ramo: o contingenciamento de gastos na Justiça Federal – que atinge “passivos irrelevantes” de servidores, mas não mexe nas autoconcessões da magistratura; o plano de saúde dos colegas da Justiça do Trabalho; e a luta por novos cargos na Justiça Eleitoral.

Nas falas que se seguiram, os diretores Cristina Viana, Luciana Krumenauer, Marcelo Carlini e Márcia Coelho denunciaram a situação ocorrida no Fórum de Carreira, que resultou no rebaixamento da proposta enviada ao STF (veja AQUI ofício encaminhado pelo conselheiro Guilherme Feliciano ao STF).

Para o diretor do Sintrajufe/RS Marcelo Carlini, “a indignação da categoria com o grave erro cometido por duas dirigentes que facilitaram a aprovação de um índice rebaixado é grande. Este é um exemplo de até onde o divisionismo conduz a todos”. Ele afirma que não é menor a indignação com o contingenciamento de pagamentos “insignificantes” para servidores e servidoras, em detrimento das indenizações acumuladas pela magistratura. “A categoria respondeu positivamente esta situação e veio para o ato. O Sintrajufe/RS vai continuar lutando por um índice maior e por um novo plano de carreira”, avalia o dirigente.

“Esse foi mais um ato dentro do calendário de mobilizações aprovado nas instâncias deliberativas da Fenajufe e sindicatos da base da categoria que busca recuperar as perdas salariais do período de do período de 2019 a 2022, em que tivemos reajuste zero, uma reestruturação de carreira que diminua as diferenças salarias entre cargos e a valorização da carreira”, diz a diretora do Sintrajufe/RS Arlene Barcellos. A dirigente destaca que “nossos colegas da ativa e aposentados, da capital e do interior, de todos os ramos do PJU, entenderam a importância e a necessidade de participação e marcaram presença. Só com unidade e participação é que conseguiremos avançar nas nossas pautas”.

O ato público teve cobertura da TVT, que destacou as pautas da categoria e o histórico da negociação com o STF. Veja a notícia abaixo.

O Sintrajufe/RS também enviou uma delegação a Brasília, onde, nesta quarta, uma mobilização foi realizada pela Fenajufe em frente ao CNJ. Veja AQUI todas as informações sobre as atividades do dia na capital federal.

https://sintrajufe.org.br/wp-content/uploads/2025/08/SEI_2262980_Oficio_20.pdf

Atos no interior do estado

Também foi realizado ato em Santa Maria, em frente ao prédio da Justiça Federal. A diretora de base Jusilda Lombardo Pedrollo, eleita para a próxima gestão do sindicato, relata que “o ato foi satisfatório e cumpriu seu propósito de reafirmar, com clareza, a principal reivindicação da categoria: ‘Ministro Barroso, queremos 15,93% de reposição em 2026!’. A participação foi efetiva, com o engajamento dos colegas que estavam presencialmente. Apesar de muitos estarem em teletrabalho ou em férias, o envolvimento dos presentes garantiu a força e a representatividade da mobilização”.

Outra cidade com mobilização foi Cachoeira do Sul, onde foi realizada atividade na Justiça Federal. A diretora do Sintrajufe/RS Rosimara Kasper conta que “os colegas conversaram sobre a necessidade de mobilização para pressionar o STF e garantir reajuste para 2026. Colegas que fazem teletrabalho compareceram hoje ao presencial para participar do ato e fortalecer o movimento”.

Abstenções no Fórum facilitaram proposta rebaixada

Na reunião do Fórum de Carreira realizada no dia 9 de julho, havia duas propostas em votação: a primeira, discutida em reunião com o coordenador, conselheiro Guilherme Feliciano, de majoração da GAJ para 165% e 5% no vencimento básico, totalizando 15,93%; e a segunda, de 8% sobre o vencimento básico, das administrações. A primeira proposta já havia sido discutida e consensuada entre a Fenajufe e o Sindjus/DF, juntos teriam 9 votos no Fórum.

No momento da votação, duas coordenadoras da Fenajufe (a federação tem 6 votos), uma de Minas Gerais e a outra da Bahia, se abstiveram, o que resultou na aprovação de uma proposta inferior, de apenas 8% de reajuste, com os 9 votos das administrações dos tribunais e conselhos indicando o percentual menor.

Após esse episódio, ambas foram afastadas das negociações no Fórum de Carreira, conforme deliberado por maioria na reunião extraordinária da Direção Executiva da Fenajufe realizada no dia 13 de julho, e uma comissão de ética foi constituída para apuração dos fatos. O Sintrajufe/RS apoiou o afastamento e a instauração da comissão para apurar o descumprimento da decisão da instância pela reposição maior. Também foi definido que os 6 votos da federação no Fórum serão manifestados como voto único, a partir das diretrizes aprovadas nas instâncias da entidade.

Esta quarta-feira, 6, foi dia de mobilizações dos servidores e servidoras do Judiciário Federal pelo país. O Sintrajufe/RS realizou ato em Porto Alegre e participa, ao longo do dia, das atividades organizadas pela Fenajufe em Brasília. O objetivo das manifestações desta quarta foi defender que o Supremo Tribunal Federal (STF) envie ao Congresso proposta de 15,93% de reajuste para a categoria em 2026.

Em Porto Alegre, colegas se reuniram em frente ao prédio da Justiça Federal. A manifestação contou também com colegas que saíram da Justiça do Trabalho em ônibus do sindicato. O Sintrajufe/RS distribuiu, no ato, cartazes com os dizeres: “15,93% é maior que 8% – É preciso dizer o óbvio! – Ministro Barroso, nós queremos 15,93% de reajuste emergencial em 2026!”.

A diretora Arlene Barcellos, que também é coordenadora da Fenajufe, apresentou um relato sobre a situação das medidas que vêm sendo reivindicadas pela federação e pelos sindicatos. Uma delas se refere ao adicional de qualificação (AQ), cujo projeto de lei (PL 3084/2025) aguarda votação na Câmara dos Deputados.

Outra é a reestruturação da carreira, que, conforme promessa do presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, será encaminhada até setembro deste ano. Por fim, a reposição salarial. Em relação a essa pauta, a luta é para que o STF encaminhe ao Congresso a proposta de 15,93% (5% no vencimento básico e GAJ de 165%), e não os 8% aprovados no Fórum de Carreira do Conselho Nacional de Justiça (veja ao final desta matéria como esse rebaixamento foi aprovado).

A direção do sindicato também apresentou relatos sobre pautas específicas dos colegas de cada ramo: o contingenciamento de gastos na Justiça Federal – que atinge “passivos irrelevantes” de servidores, mas não mexe nas autoconcessões da magistratura; o plano de saúde dos colegas da Justiça do Trabalho; e a luta por novos cargos na Justiça Eleitoral.

Nas falas que se seguiram, os diretores Cristina Viana, Luciana Krumenauer, Marcelo Carlini e Márcia Coelho denunciaram a situação ocorrida no Fórum de Carreira, que resultou no rebaixamento da proposta enviada ao STF (veja AQUI ofício encaminhado pelo conselheiro Guilherme Feliciano ao STF).

Para o diretor do Sintrajufe/RS Marcelo Carlini, “a indignação da categoria com o grave erro cometido por duas dirigentes que facilitaram a aprovação de um índice rebaixado é grande. Este é um exemplo de até onde o divisionismo conduz a todos”. Ele afirma que não é menor a indignação com o contingenciamento de pagamentos “insignificantes” para servidores e servidoras, em detrimento das indenizações acumuladas pela magistratura. “A categoria respondeu positivamente esta situação e veio para o ato. O Sintrajufe/RS vai continuar lutando por um índice maior e por um novo plano de carreira”, avalia o dirigente.

“Esse foi mais um ato dentro do calendário de mobilizações aprovado nas instâncias deliberativas da Fenajufe e sindicatos da base da categoria que busca recuperar as perdas salariais do período de do período de 2019 a 2022, em que tivemos reajuste zero, uma reestruturação de carreira que diminua as diferenças salarias entre cargos e a valorização da carreira”, diz a diretora do Sintrajufe/RS Arlene Barcellos. A dirigente destaca que “nossos colegas da ativa e aposentados, da capital e do interior, de todos os ramos do PJU, entenderam a importância e a necessidade de participação e marcaram presença. Só com unidade e participação é que conseguiremos avançar nas nossas pautas”.

O ato público teve cobertura da TVT, que destacou as pautas da categoria e o histórico da negociação com o STF. Veja a notícia abaixo.

O Sintrajufe/RS também enviou uma delegação a Brasília, onde, nesta quarta, uma mobilização foi realizada pela Fenajufe em frente ao CNJ. Veja AQUI todas as informações sobre as atividades do dia na capital federal.

https://sintrajufe.org.br/wp-content/uploads/2025/08/SEI_2262980_Oficio_20.pdf

Atos no interior do estado

Também foi realizado ato em Santa Maria, em frente ao prédio da Justiça Federal. A diretora de base Jusilda Lombardo Pedrollo, eleita para a próxima gestão do sindicato, relata que “o ato foi satisfatório e cumpriu seu propósito de reafirmar, com clareza, a principal reivindicação da categoria: ‘Ministro Barroso, queremos 15,93% de reposição em 2026!’. A participação foi efetiva, com o engajamento dos colegas que estavam presencialmente. Apesar de muitos estarem em teletrabalho ou em férias, o envolvimento dos presentes garantiu a força e a representatividade da mobilização”.

Outra cidade com mobilização foi Cachoeira do Sul, onde foi realizada atividade na Justiça Federal. A diretora do Sintrajufe/RS Rosimara Kasper conta que “os colegas conversaram sobre a necessidade de mobilização para pressionar o STF e garantir reajuste para 2026. Colegas que fazem teletrabalho compareceram hoje ao presencial para participar do ato e fortalecer o movimento”.

Abstenções no Fórum facilitaram proposta rebaixada

Na reunião do Fórum de Carreira realizada no dia 9 de julho, havia duas propostas em votação: a primeira, discutida em reunião com o coordenador, conselheiro Guilherme Feliciano, de majoração da GAJ para 165% e 5% no vencimento básico, totalizando 15,93%; e a segunda, de 8% sobre o vencimento básico, das administrações. A primeira proposta já havia sido discutida e consensuada entre a Fenajufe e o Sindjus/DF, juntos teriam 9 votos no Fórum.

No momento da votação, duas coordenadoras da Fenajufe (a federação tem 6 votos), uma de Minas Gerais e a outra da Bahia, se abstiveram, o que resultou na aprovação de uma proposta inferior, de apenas 8% de reajuste, com os 9 votos das administrações dos tribunais e conselhos indicando o percentual menor.

Após esse episódio, ambas foram afastadas das negociações no Fórum de Carreira, conforme deliberado por maioria na reunião extraordinária da Direção Executiva da Fenajufe realizada no dia 13 de julho, e uma comissão de ética foi constituída para apuração dos fatos. O Sintrajufe/RS apoiou o afastamento e a instauração da comissão para apurar o descumprimento da decisão da instância pela reposição maior. Também foi definido que os 6 votos da federação no Fórum serão manifestados como voto único, a partir das diretrizes aprovadas nas instâncias da entidade.