A terça-feira, 1º de Maio, marca o dia mundial de luta dos trabalhadores pela preservação do pouco da dignidade alcançada ao longo da história. Através do enfrentamento aos ataques promovidos pelo patronato, seja ele a elite financeira ou a industrial, passando pelo agro empresariado, a luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho é um marco histórico que não pode ser esquecido.
Não pode e não deve, sob pena de retrocessos como estes pelos quais muitos países – incluindo o Brasil – estão passando. A conquista de direitos foi alcançada ao custo de vidas e sangue dos trabalhadores. Para homenageá-los, a Segunda Internacional Socialista, realizada em Paris no dia 20 de junho de 1889, criou o Dia Internacional dos Trabalhadores, tendo o primeiro de maio como data da comemoração todos os anos.
No Brasil, apesar de oficialmente instituído em 1924, remonta-se a 1895 o início das comemorações, segundo relatos. Agora, o primeiro Dia do Trabalhador e da Trabalhadora após a reforma trabalhista de 2017 além de luta, é de apreensão e insegurança quanto ao cenário de sucateamento das condições de trabalho na iniciativa privada e no setor público.
Se para o trabalhador privado o cenário é de devastação após a reforma trabalhista, para os servidores públicos o quadro não é diferente. Seja pela retirada de direitos materializada não apenas em Leis aprovadas pelo Congresso Nacional, mas também por decisões – ou a falta delas – do Poder Judiciário, o serviço público brasileiro passa por um processo de desmonte que reflete o atual estado da democracia brasileira, em risco pelas dificuldades de acesso das populações vulneradas à proteção do estado.
O momento é de reflexão e luta, para além das comemorações. É o momento também de mobilização pela preservação de direitos e garantia da proteção aos trabalhadores, ameaçadas ainda mais pelo enfraquecimento da Justiça do Trabalho.
Para que o 1º de Maio também seja um dia de conscientização, a Fenajufe disponibiliza algumas referências do tema para livre consulta. Outras sugestões serão bem vindas:
Filmes e Documentários
– O Homem Que Virou Suco (1980), João Batista de Andrade
– Braços Cruzados, Máquinas Paradas (1979), Sérgio Toledo e Roberto Gervitz.
– ABC da Greve (1979/1980), Leon Hirszman
– Vivendo os Tombos – Carvoeiros (1977), Dileny Campos
– São Paulo, Sociedade Anônima (1965) Luís Sérgio Person
– A greve (1924), Sergei Eisenstein
– Tempos Modernos (1936), C. Chaplin
– Como Era Verde Meu Vale (1941), John Ford
– La Tierra Tiembla (1947) Luchino Visconti
– Daens, um grito de Justiça
– Parte 1
– Parte 2
Ensaio Fotográfico
1º de Maio – Dia do Trabalhador, na visão do fotógrafo Sebastião Salgado