Neste dia 31 de março o golpe militar completa 56 anos. O período instalou no país a ditadura que durou de 1964 a 1985. Foram mais de vinte anos marcados com o fechamento do Congresso Nacional , a repressão política, censura à imprensa e liberdade de expressão e, sobretudo, pelos sequestros e mortes de milhares de brasileiros que lutaram na defesa da Democracia.
Classificado como “anos de chumbo” pelos historiadores, a ditadura deixou milhares de famílias órfãs quando protagonizou assassinatos e tortura de opositores e pensadores, contrários ao governo da época e às violências praticadas em nome dele.
Vinte mil pessoas foram torturadas durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985), segundo levantamento da organização Human Rights Watch (HRW). Pelo menos 434 pessoas foram mortas ou seguem desaparecidas, de acordo com números oficiais. Durante o período, 4.841 representantes eleitos pelo povo foram destituídos de seus cargos.
No período sangrento e repressivo houve muito aparelhamento do Estado. Concursos públicos deixaram de existir e os concursados sofreram perseguição e perderam a estabilidade
No judiciário Juízes passaram a ser indicados pelo presidente. O AI5 suspendeu direitos e garantias individuas. O AI 6, de 1969, excluiu da apreciação judicial uma série de atos dando início a retirada de direitos
Desta forma , a sociedade civil recebe com perplexidade a exaltação do vice presidente, endossada pelo Ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva, que também divulgou nota em que classifica o golpe de 1964 como “o movimento que representou um marco para a Democracia”. Um desrespeito aos pais, mães, irmãos e amigos que perderam seus entes queridos nas garras das forças militares e nos porões da ditadura. Um afronta à dignidade das famílias brasileiras.
Os brasileiros tem enfrentado dias difíceis com postura equivocada do Presidente da República que imprime atitudes retrógradas e o desejo de reviver o pior período da história do pais .
A Fenajufe repudia a atitude e sustenta que no momento em que o mundo se une contra a pandemia do coronavirus, numa campanha pela valorização da vida, reacendendoo o espírito de solidariedade entre os povos, comemorar os “ anos de chumbo é no mínimo desrespeito com todas as vítimas do período, e reacender a memória manchada da história do Brasil.