Mais um dia de pressão sobre deputados e senadores que chegaram a Brasília para os trabalhos legislativos da semana. Com presença dos coordenadores Costa Neto, Erlon Sampaio, Marcos Santos e Saulo Arcangeli, a atividade, deliberada no Fonasefe, foi desenvolvida, dando sequencia ao bota-fora realizado pelas entidades nas bases eleitorais dos parlamentares.
Com um pacote que exige muito sacrifício dos trabalhadores brasileiros, tanto do setor público quanto da iniciativa privada, a reforma da Previdência proposta por Jair Bolsonaro pune os mais carentes e continua garantindo privilégios a quem ganha mais. O argumento de que a “ nova previdência é justa ”cai por terra se confrontado com a idade mínima exigida – 65 para homens e 62 para mulheres – sem levar em consideração as diferenças regionais no país e o pior: as diferenças gritantes e desumanas dos estratos sociais.
Em linhas simples, a reforma da Previdência sempre terá resultado negativo para o trabalhador, pois ataca os três fundamentos para sua concessão: a idade mínima, que é aumentada, o tempo de contribuição, que é ampliado, e o valor do benefício, que é diminuído.
Não bastasse isso, a PEC 06/2019 estabelece ainda o sistema de capitalização – caixa de Pandora do sistema financeiro e instrumento de enriquecimento sem controle para bancos e seguradoras, envolto numa mancha cinzenta. A capitalização individual, proposta por Bolsonaro, obrigada cada trabalhador a ter uma conta para depositar valores ao longo da vida, sem qualquer garantia quanto o montante do saldo final, que poderá nunca a pelo menos, ao total investido. Mas, ao considerar a situação financeira de grande parte da população brasileira, sabemos que poupa quem tem.
Fotos: Joana Darc Melo (Fenajufe)
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