Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) dessa quarta-feira (17) uma portaria (acesse AQUI) assinada pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, autorizando o uso da Força Nacional de Segurança Pública na Praça dos Três Poderes e da Esplanada dos Ministérios por 33 dias. Uma afronta aos trabalhadores que estão mobilizados pela luta contra as injustiças da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência – PEC 6/2019.
A medida, solicitada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), além de arbitrária, é uma clara repressão à mobilização que se avizinha contra o governo Bolsonaro. Uma tentativa explícita de coibir a liberdade e o direito à manifestação.
Atos
A próxima semana será crucial na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, uma vez que a votação da reforma da Previdência na comissão está marcada para a próxima terça-feira (23), segundo o presidente da comissão, deputado Felipe Francischini (PSL-PR). Além disso, estão previstos atos no Dia do Trabalhador (1º de Maio) e a marcha indígena Acampamento Terra Livre (ATL), onde mais de 7 mil índios são esperados em Brasília.
Reação
Ainda nessa quarta (17), a bancada do PSOL na Câmara apresentou projeto de Decreto Legislativo pedindo a suspensão da portaria assinada pelo ministro Sergio Moro.
A Fenajufe reitera a necessidade de mobilização constante na luta contra os ataques aos trabalhadores e reagir é a melhor forma de preservar os direitos.
Raphael de Araújo, a serviço da Fenajufe
Foto: Joana Darc Melo – aparato policial na manifestação contra a reforma da Previdência na Esplanada dos Ministérios, em 2016