O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que assumiu a posição de chapa branca e tomou as rédeas da reforma da Previdência – PEC 6/2019 – afirmou que a aprovação, se ocorrer, será uma vitória do parlamento e não do governo. Mas, como está, a reforma será o fim da aposentadoria por tempo de serviço e a destruição da sociedade brasileira. Vai castigar os mais pobres e jogar ainda mais brasileiros na miséria.
O argumento daqueles que defendem a proposta esbarra na falta de transparência da equipe econômica com relação aos números que embasam PEC e planilhas que, em tese, demonstrariam a fonte do déficit na Previdência, estão ausentes nos dados divulgados. Além do mais, não existe garantia da real ” economia” que a reforma trará, apenas a certeza que os privilégios serão mantidos para pouquíssimos, e o sofrimento para milhões.
Ato Público e Mobilização
Na quarta-feira (10), com a possibilidade de votação da PEC 6/2019 em plenário, entidades nacionais que compõem o Fórum dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) realizarão ato público, às 14 horas no Anexo II da Câmara. Já no 12 de julho o Fórum orienta também à participação no ato organizado pela União Nacional dos Estudantes, com concentração no Museu da República, a partir do meio-dia.
A Fenajufe convocou os sindicatos a enviarem caravanas a Brasília. A semana será de articulação intensa na Câmara dos Deputados e o cenário requer esforço redobrado no corpo-a-corpo no parlamento. A Federação orienta aos sindicatos que busquem atuar em conjunto com outras entidades locais e movimentos sociais nos estados e intensifiquem pressão sobre os parlamentares.
Ainda nos estados, de hoje (8) até a sexta-feira (12) deve ser reforçada a denúncia dos parlamentares que já se declaram a favor da PEC 6/2019 e também daqueles que votaram a favor dela na Comissão Especial. Vale tudo para mostrar quem são os traidores dos trabalhadores e trabalhadoras.