Depois que mais de 80% da população brasileira rejeitou a proposta de reforma da Previdência de Michel Temer – agora copiada e piorada pelo novo governo que anunciou idades mínimas de 62 (mulheres) e 65 anos (homens) com transição de apenas 12 anos – Servidores Públicos de todo o país preparam reação e sinalizam que haverá luta e resistência do conjunto dos trabalhadores. O objetivo é impedir retrocessos e o roubo do direito de aposentadoria.
Para enfrentar ataques da nova péssima proposta de reforma da Previdência que o governo Bolsonaro deve anunciar até o dia 20, quarta-feira próxima, Servidores Públicos Federais preparam reação organizada e calendário de lutas unificadas com as Centrais Sindicais.
Já neste domingo (17), representantes de organizações sindicais que representam o funcionalismo Federal em todo o país estarão em Brasília, na reunião ampliada do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe).
O encontro deverá traçar um plano de mobilização e campanha para deter a reforma da Previdência de Bolsonaro, que ameaça elevar as alíquotas de contribuição dos servidores para ate 14%, além de elevar ainda a idade mínima para a aposentadoria dos Servidores e do conjunto dos trabalhadores.
Para Adilson Rodrigues, Coordenador-Geral da Fenajufe, o governo Bolsonaro precisa abrir a caixa preta da Previdência, comprovar o falso déficit que alega, acabar com os privilégios da classe política e começar a cobrar os grandes sonegadores da previdência, antes de falar em dificultar ainda mais o direito de aposentadoria dos trabalhadores.
Servidores e entidades sindicais do Judiciário Federal e do Ministério Público da União participam da construção da mobilização contra os ataques e as reformas de Bolsonaro que atacam direitos dos trabalhadores, em conjunto com servidores do Executivo e Legislativo.
Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora em SP
A resistência continua. Na quarta-feira, 20 de fevereiro, a partir das 10h da manhã, Servidores Federais, Estaduais e Municipais participam da Assembleia Geral da Classe Trabalhadora convocada pelas Centrais Sindicais, cujo objetivo é dar a largada a uma grande campanha unificada contra a contrarreforma da Previdência Social do governo Bolsonaro.
A atividade terá caráter nacional e ocorrerá na Praça da Sé, no Centro da capital paulista. Na pauta da mobilização, a construção de um dia nacional de protestos e paralisações contra a reforma e em defesa do direito à aposentadoria, além da sinalização de possível greve geral. Também será definido o calendário de mobilização a ser implementado em todo o país.