A reunião foi convocada para tratar de medidas relativas ao período pós-enchentes no Rio Grande do Sul. A preocupação das entidades sindicais é que o governo dê o apoio necessário aos milhares de trabalhadores e trabalhadoras que sofreram com os efeitos diretos das enchentes e que, agora, se veem ameaçados em seus empregos e direitos trabalhistas.
A CUT e as demais centrais reivindicam a edição de uma medida provisória que estenda para as áreas atingidas, a ultratividade dos acordos coletivos por 180 dias, e medidas que mantenham os empregos de trabalhadores afetados pelas enchentes no RS. Além disso, a garantia aos trabalhadores um auxílio emergencial por pelo menos 90 dias além da participação efetiva dos sindicatos de acordos coletivos.
Por sua vez, o Sintrajufe/RS, representado pelos diretores Marcelo Carlini e Zé Oliveira, entregou ao ministro documento no qual destaca as perdas sofridas por milhares de gaúchos e gaúchas nas últimas semanas. E aponta, ainda, que “a gravidade dessa situação leva servidores e servidoras a assumir demandas financeiras extras no âmbito pessoal, de familiares ou de outras pessoas próximas, incluindo, só a título exemplificativo, despesas com a aquisição de mobiliário e eletrodomésticos e recuperação de suas residências, quando não houve a perda total do imóvel, além da ajuda com alimentação e outras demandas essenciais de pessoas próximas”. E que “muitos destes servidores e servidoras do judiciário federal atingidos pela calamidade tem contratos de crédito consignado tanto com o Banco do Brasil quanto com a Caixa Econômica Federal”.
Assim, o sindicato requer que o governo federal “suspenda o pagamento nas operações de crédito consignado, em especial com a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, ao servidores e servidoras do Judiciário Federal e Ministério Público da União no Rio Grande do Sul, por um período de 180 dias”. O pedido geral aos servidores das três esferas consta no documento geral das centrais.