Realizado em 2019, o XX Congrejufe, foi mais além das discussões conjunturais e políticas. O Congresso de Águas de Lindóia aprovou a defesa das pautas sociais que contribuem para uma sociedade mais justa e igualitária.
Nesse sentido, a Federação tem buscado promover os vários temas da diversidade em debates com a categoria por entender que defender direitos e oportunidades para todos os seres humanos sem discriminar cor da pele, idade, religião, condição social, orientação sexual e as deficiências, é um dever de todos.
No mês de março, reconhecidamente como mês das mulheres se comemora também o “Dia Mundial da Síndrome de Down” e no mesmo dia 21 fecha o ciclo dos “21 Dias de Ativismo contra a Discriminação Racial,” iniciada dia primeiro. A Síndrome não é doença e sim uma alteração genética. É preciso discutir o tema nas instâncias da Federação e dos sindicatos de base para combater o preconceito existente com a população, que no Brasil é representada por 270 mil pessoas.
A escolha da data é referente às três cópias do cromossomo 21 encontradas nessas pessoas ao invés de duas, o que as levam a desenvolver a síndrome. A data serve para conscientizar que pessoas com Síndrome de Down têm amplas capacidades, como as de sentir, amar, aprender, divertir-se e trabalhar, e como todo ser humano, terem preservados seus direitos.
Os 21 Dias de Ativismo contra a Discriminação Racial foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em memória ao “massacre de Sharpeville” ocorrido no dia 21 de março de 1960 na África do Sul. Nesta data o exército racista sul-africano atirou contra pessoas em uma manifestação pacífica pelo direito livre de circular. A Lei do Passe livre obrigava pessoas negras a portar um cartão que indicava por onde deveriam andar. Foram 69 mortos e 186 feridos.
A campanha propõe ocupar os espaços sociais e culturais do Brasil para incentivar a sociedade, através de centenas de atividades, a realizar reflexões sobre o enfrentamento constante do racismo em todos os âmbitos sociais. Nesses dias, outros recortes como a luta contra a opressão militar e policial às favelas e periferias onde a população é predominantemente de pessoas negras, as desigualdades raciais são provocadas.
As datas são necessárias para a promoção de respeito e reflexão com a diversidade como um todo, mas mesmo fora de campanhas, a Fenajufe reforça a luta contra o racismo e demais formas de discriminação no desejo de uma sociedade mais tolerante e com equidade de direitos e igualdade.
O XX Congresso da Fenajufe orientou a criação de coletivos pelos sindicatos de base para provocarem discussões da diversidade no seio da categoria. O objetivo principal é promover inclusão, aumentar conscientização e criar uma voz global e única na defesa dos direitos e igualdade para todas e todos.
Joana Darc Melo, da Fenajufe