Fenajufe defende debate amplo no Congresso, mesmo com parlamentares contrários aos serviços públicos

A Frente Parlamentar Mista do Serviço Público realizou reunião avaliativa na segunda-feira, 3, sobre as ações para derrubar a PEC 32/20 – a reforma administrativa – ainda na Comissão de Constituição, de Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados. Integrante do coletivo, a Fenajufe esteve representada pelo Coordenador Roberto Policarpo.

Nos informes das entidades trazidos à Frente, ficou patente a intensa mobilização e pressão exercida sobre parlamentares ao longo do último período, principalmente através de reuniões virtuais, modal imposto pelo momento trágico em que passa o mundo – mas particularmente pela inacreditável e deliberada omissão do governo Bolsonaro e da facção a ele alinhada país adentro.

Com a conjuntura apontando para um Congresso radicalmente “direitoso” e disposto a sacrificar os serviços públicos em troca de benesses do empresariado nacional, a Fenajufe defendeu incisivamente a necessidade de maior presença da Frente e das Entidades junto aos parlamentares.

E não é pra menos. Na avaliação de Policarpo, se essa reforma estivesse tramitando em condições normais (ainda que o velho normal) e num momento mais tranquilo, ela já seria de difícil empreitada, justamente pelas características do atual Congresso, com viés de direita. Essa circunstância, mais complexa, requer que o debate com o Parlamento seja ampliado e que as entidades se reúnam com deputados, deputadas, senadores e senadoras, mesmo que aqueles favoráveis à reforma.

Ainda na avaliação, o dirigente apontou a melhora do trabalho de mobilização e pressão, se comparado há um ano. Tal melhora, credita ele, se deve ao trabalho de organização do enfrentamento à PEC, realizado pela Frente e por instâncias como o Fonasefe e movimentos que nascem da iniciativa de conjugação de esforços das entidades. Para Policarpo, intensificar e levar essa mobilização às bases nos municípios, também é medida urgente.

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Luciano Beregeno, da Fenajufe