Trabalhadoras e trabalhadores da esfera pública retomaram à mobilização em frente ao Anexo II na última semana de expediente legislativo.
As entidades ocuparam o espaço mais uma vez em repúdio às investidas de retirada de direitos, precarização dos serviços, fim do funcionalismo e demais pautas destrutivas do governo BolsoLiraGuedes travestidas de reforma administrativa.
Nas 14 últimas semanas, centenas de servidores e servidoras das várias representações do funcionalismo de todo o país, protagonizaram atos e manifestações na Capital Federal contra “PEC da rachadinha”.
Com pressão cada dia mais intensificada aos parlamentares e unidade de todos e todas foi possível postergar a tramitação da PEC 32 neste ano.
O texto da proposta de reforma foi aprovado no mês de setembro na comissão especial da Câmara. A unidade das categorias do serviço público e a luta unitária obrigaram o governo a recuar e engavetar a proposta.
Mesmo com o encerramento do ano legislativo, a luta não pode parar. Cabe aos setores do funcionalismo manter a luta e não “afrouxar” a pressão em nenhum momento.
Todos sabem que o governo só não avançou com seu intuito de desmantelar o serviço público diante mobilização intensiva e constante das categorias.
2022 será o ano para constranger diuturnamente deputados e deputadas e também senadores com o jingle cantado em todo o Brasil, “Quem votar não volta”, até que a PEC seja derrubada de vez.
As entidades já organizam novas estratégias de atuação e mobilização para 2022. O ano eleitoral pode dificultar a votação da reforma, no entanto, Arthur Lira não é confiável. Continua tecendo e tramando contra os trabalhadores tanto da iniciativa privada quanto do setor público.
Chegar ao fim das atividades legislativas de 2021 sem a consumação da votação da PEC 32 pode representar vitória parcial de toda classe de servidores e deve ser celebrada. Mas é fundamental manter estratégias de combate ao maior dos ataques deste governo ao povo brasileiro.
Joana Darc Melo da Fenajufe