Seminário realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) na segunda-feira (7) divulgou resultado da “Pesquisa Saúde Mental de Magistrados e Servidores no Contexto da Pandemia da Covid-19″.
A pesquisa teve como objetivo investigar saúde mental dos trabalhadores da Justiça e suas “expectativas” após dois anos de pandemia. O estudo mostra que os servidores e servidoras do PJU, em sua maioria já estão com o ciclo vacinal completo e não integram grupo de risco.
O estudo também comprova que o isolamento e distanciamento social necessários no momento de pandemia contribuem para incidência de doenças que afetam servidoras e servidores. Queixas como cansaço, insônia, dificuldade de concentração e dores musculares são recorrentes.
Ainda assim, 15% dos entrevistados não se sentem seguros no retorno ao trabalho presencial e 35% deles preferem reuniões virtuais. Os diagnósticos refletem na saúde mental de servidores.
Para sentirem segurança em uma provável volta ao trabalho presencial, dois em cada três de profissionais do Judiciário (66,1%) citaram como requisito a obrigatoriedade de apresentação de comprovante de vacina e o uso obrigatório da máscara dentro das unidades de Justiça.
A Fenajufe encaminhou ofício aos Tribunais Superiores e Conselhos solicitando manutenção ou retorno do teletrabalho nos órgãos já em trabalho presencial. Nos expedientes a Federação ressalta Portaria DGD n°004 do Supremo Tribunal Federal (STF) que sugere escala de revezamento no atendimento presencial.
Para a Federação e 63% do total de pessoas que responderam ao questionário a escala de revezamento é mais uma forma de proteger a saúde das servidoras e servidores, observando que ficam fora dela servidores classificados como grupo de risco.
Considerada a forma mais eficaz de frear a pandemia da Covid-19, a vacinação completa ou ao menos duas doses ou dose única é realidade para 97,4% dos que responderam ao levantamento.
A pesquisa revelou ainda que servidoras e servidores do PJU têm plena consciência de que a imunização é o melhor caminho para se proteger. No momento que a pesquisa foi realizada, apenas 1,3% não havia tomado a vacina, mesmo percentual para quem tomou apenas a primeira dose.
O levantamento ouviu pessoas entre 18 e 78 anos. Destas, 81,8% foram servidores, 9% magistrados e magistradas e ainda 6,7% de colaboradores comissionados sem vínculo com os tribunais.
Joana Darc Melo, da Fenajufe, com informações do CNJ