Iniciando os trabalhos da tarde do primeiro dia de Seminário a coordenadora Juscileide Rondon abriu a mesa de debates com o tema “O Estado Brasileiro e as alternativas de controle, arrecadação e tributação”.
A coordenadora falou sobre o atual cenário em geral e pontuou os ataques de destruição de direitos da agenda do governo. Juscileide reforçou a importância de garantir vacinação para toda a população, assim como garantir a manutenção do auxílio emergencial até o fim da pandemia.
A dirigente elencou toda os ataques promovidos pelo executivo e representantes do capital no parlamento brasileiro, um a um, à classe trabalhadora, chamando à unidade dos trabalhadores para resistir. Quanto às alternativas de tributação disse “entender que a legislação pertinente à taxação das grandes fortunas deveria ser prioridade do CN, mas ao invés disso em pleno cenário pandêmico as investidas contra o serviço e servidores públicos não cessam, a pretexto de serem a solução para os problemas de desenvolvimento do país.” Para ela , só a inclusão, via políticas públicas é alternativa.
Rondon salienta a importância de manter o debate e que é fundamental fazer um esforço para desconstruir o cenário instalado no país. Segundo ela, a política negacionista do presidente Jair Bolsonaro, deve ser quebrada antes que “ ele e seus asseclas promovam a destruição do estado brasileiro” Além da Coordenadora, participaram os também coordenadores Fabiano dos Santos e Roberto Policarpo que dividiram as discussões com sindicatos de base e demais entidades presentes.
Ao compor a mesa da manhã , Fabiano dos Santos informou que a assembleia realizada dia 13 em São Paulo, deliberou pela paralisação no serviço público no dia 24 de março. Roberto Policarpo ressaltou a relevância do debate e mais uma vez lembrou que a unidade das categorias deve se fortalecer no sentido de manter mobilização permanente em defesa dos serviços, da vida e do estado.
As discussões abordaram a necessidade direta de luta constante em defesa do funcionalismo público. A aprovação da PEC-186 agravou ainda mais a situação dos servidores. A Reforma Administrativa vai penalizar toda a população e os mais vulneráveis serão mais prejudicados. O congelamento e redução salarial , privatização dos serviços entre outros desmandos, vão causar danos irreparáveis na vida das servidoras, servidores e sociedade como um todo. É preciso manter unidade de luta contra o desmantelo desenhado pela conjuntura.
Os debates seguem até o início da tarde desta terça feira (16) quando o seminário definirá calendário de atividades, que posteriormente será divulgado aqui.
Joana Darc Melo, da Fenajufe