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Dia dos Povos Indígenas: A riqueza de um povo vem do respeito às suas origens

Dia dos Povos Indígenas: A riqueza de um povo vem do respeito às suas origens

No dia 19 de abril, quando celebramos uma importante data de luta dos Povos Indígenas, aproveitamos para reforçar a necessidade de união pela defesa do território e garantia de direitos dos povos originários.

Em um momento que ainda não superamos a “Lei do Marco Temporal”, um verdadeiro retrocesso, e vemos acirrar a disputa por territórios em diversas regiões, não podemos ignorar que os primeiros habitantes desse território seguem há mais de 500 anos resistindo.

Em 2022, o número de indígenas residentes no Brasil era de 1.693.535 pessoas, o que representava 0,83% da população total do país. Em relatório recente divulgado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) sobre a violência contra os povos indígenas, com dados coletados entre os anos 2019 e 2022, foram registrados 795 assassinatos, 407 conflitos relativos aos direitos territoriais, 1.133 invasões possessórias, exploração ilegal de recursos naturais e danos diversos ao patrimônio.

Entre os dados de violência, a Terra Indígena Yanomami teve 91 crianças vítimas dos conflitos, representando 80,5% dos casos de violência que geraram mortes em conflitos no território. O povo Yanomami viveu, nos últimos anos, um agravamento da crise humanitária de saúde e segurança em meio à invasão de suas terras por garimpeiros, situação repudiada pelo Sindjufe-BA.

No sul da Bahia, a indígena conhecida como Nega Pataxó, irmã do cacique Nailton Muniz, foi brutalmente assassinada em janeiro deste ano na Terra Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, por um grupo de homens armados. Segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT), em 2022, foram 211 conflitos de campo ocorridos no interior da Bahia, atrás apenas do Maranhão (225) e do Pará (236).

Por isso, o Sindjufe-BA aproveita o dia 19 de abril para dizer que a demarcação de terras indígenas é uma urgência para o Brasil, assim como a intensificação das fiscalizações e a defesa do meio ambiente, pensando na preservação e sustentabilidade, para que os povos originários consigam exercer suas atividades, de forma livre e diversa, com a preservação de sua cultura, costumes e o bem maior, direito à vida resguardado. Marco temporal é crime. Demarcação já! Viva os povos originários!

Sindjufe-BA - Gestão Unidade na Resistência 

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