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Saiba como foi o apagão do judiciário na Bahia

Apagão na JF da Bahia teve informes da campanha e debate sobre cargo de técnico, e marca reunião do Contec-BA

O apagão na Justiça Federal foi marcado por um debate sobre o cargo de técnico judiciário, com participação de servidores da capital e grande participação de servidores do interior via videoconferência.

No dia 7 de agosto foi realizado o apagão na JF. No início foram dados informes das últimas movimentações em Brasília sobre a campanha salarial e outros assuntos relevantes para a categoria, como a PEC50, e informes de vitória em algumas ações judiciais beneficiando servidores. Foi relatado que o governo manobrou para o PL 6613 não ser votado na CFT. 

O coordenador Lourival Matos que estava em Brasília nesse momento participando do Ato em frente ao STF ressaltou por telefone: "não restará outra saída senão uma forte greve para forçar o STF a assumir seu papel, e também forçar o governo a negociar".  Ele classificou como acertada a decisão de aprovar o indicativo de greve para a partir do dia 15 de agosto. Esse indicativo deve ser referendado na Assembleia Geral desta terça-feira (12/08) na JF.

Logo após os informes, o servidor Marcos Rocha, representante da JF no I CONTEC, coordenou o debate sobre o cargo de técnico judiciário. O debate contou com a participação da servidora do TRE Karine Pina atuante do movimento dos Técnicos Judiciários, e do coordenador Francisco Filho, que estuda o Plano de Carreira da categoria e faz parte do Grupo de Trabalho Nacional sobre esse tema. Um dos debatedores convidados não pode comparecer.

Na exposição feita pela servidora Karine ficou claro que o movimento dos técnicos não pretende fazer discussão de carreira de forma isolada da categoria, e sim tratar coletivamente das reivindicações de todos sem perder de vista as razões do grande abismo salarial entre técnicos e analistas, e formas de minimizar esse prejuízo segundo ela, "injustificável sob o aspecto da atuação profissional de cada um, que são semelhantes". Já para o coordenador Francisco, "o assunto técnico judiciário, não deve ser tratado isoladamente, porque seria uma discussão estanque, necessitando estar totalmente inserida na discussão do plano de carreira dos servidores do PJU".

Os servidores presentes, entre eles diversos analistas judiciários, se manifestaram apoiando a luta dos técnicos pela valorização.

Ao final do debate foi relembrado que os servidores em assembleia geral ocorrida em maio aprovaram a criação do Contec-BA, e que agora é preciso efetivar esse Núcleo. Foi marcada então a primeira reunião para tratar desse tema: 14 de agosto, às 10 horas, no Sindjufe.

Sarau

Depois de encerrados os trabalhos na sede da JF, parte dos servidores presentes foi para a sede nova da ASSERJUF onde estava ocorrendo os preparativos para um sarau musical. Os servidores puderam confraternizar ao som de belas canções apresentadas pelos servidores músicos João Mota, Rudá Paraguassu (que tem uma música selecionada no concurso atual da FM Educadora), Mauro Guilherme e Manoel Paim. O servidor Josemi Alves também teve participaçao no show.

A ASSERJUF cedeu o espaço logo quando foi solicitado pelo sindicato e prometeu realizar outros eventos semelhantes no local, que segundo seus coordenadores "está à disposiçao dos servidores".

 

Sindjufe/BA debate PJe e autogestão no dia do Apagão no TRT5

Desde de cedo os coordenadores do Sindjufe/BA estiveram no TRT5 do Comércio participando do apagão nacional do judiciário, 7 de agosto, ente eles o coordenador licenciado Hilton Coelho. Na oportunidade foram repassados os informes sobre a campanha salarial dos servidores, que estão a 8 anos com o salário congelado.

O Sindjufe/BA promoveu dois debates importantes nesse dia sobre os dois temas atualmente em evidência e que exigem habilidade e determinação nas negociações: o Processo Judicial Eletrônico e seus efeitos na saúde do trabalhador, e o plano de autogestão na saúde.  O primeiro tema, PJe, foi debatido pela manhã, quando se defendeu a participação ativa de representantes do sindicato nas discussões sobre a forma de implantação de um sistema cujas virtudes acabam sendo ofuscadas pelas imperfeições, em forma de problemas físicos e emocionais decorrentes de um nível de exigência alto e de uma disponibilidade técnica aquém da necessária.

Segundo Alberto Rajy, coordenador do SINDJUFE-BA, é indispensável que se indique um integrante do sindicato como representante ativo dos interesses do trabalhador nas discussões e reivindicaçõs bem como é necessário consultar os servidores regularmente para que estes opinem sobre um sistema que já é uma realidade nos tribunais do Trabalho e tende a abranger todos os demais órgãos do Judiciário. "É preciso que estejamos conscientes e nos mobilizemos para o fato de que o servidor hoje é uma espécie de dois em um, ou seja, uma mesma pessoa cuida de processos virtuais e físicos dentro de um contexto de crescente cobrança por eficiência e redução do quadro de pessoal", observou Rajy lamentando o fato de muita gente acabar "levando trabalho para casa" para dar conta da demanda imposta.

Plano de saúde

No período da tarde, as discussões sobre o plano de autogestão na saúde tiveram a participação do coordenador Marcos Pinto, que acompanha de perto a implantação de um sistema pensado para fazer um contraponto ao esquema comercial, motivo de tantas queixas, relativas sobretudo ao valores extorsivos e baixa qualidade de atendimento. Não é a toa que os planos de saúde particulares ocupam o topo da lista de reclamações dos consumidores brasileiros. O plano de Autogestão do TRT5 vem sendo discutido há pelo menos dez anos, para que se adote um modelo identificado com o perfil do servidor baiano.

O objetivo da discussão promovida no Dia do Apagão do Judiciário foi  basicamente chamar o servidor para que apresentasse  suas principais dúvidas e obtivesse informações úteis a uma escolha que mais se identifique com sua realidade. A implantação do Plano de Autogestão TRT5-Saúde foi aprovada por unanimidade no final de julho, com a presença da desembargadora Maria das Graças Boness, do chefe da Seção de Apoio aos Planos de Saúde, André Liberato, e o diretor-geral do Tribunal, Tarcísio Filgueiras e o coordenador Marcos Pinto pelo Sindjufe.

Segundo Marcos Pinto, o plano-piloto deverá começar em outubro próximo, com atendimento nas áreas de odontologia, psicologia, RPG, pilates, fisioterapia e homeopatia. O custo para o titular será de R$ 20 e, para o dependente, R$ 5. Nesta fase, será possível fazer uma avaliação do que é o plano na prática. Uma avaliação útil aos próximos passos, segundo expectativa dos seus idealizadores. Posteriormente, deverá entrar em funcionamento o plano definitivo, com o atentimento hospitalar, em clínicas e com todas as demais especialidades médicas. Isto será em maio de 2015 e, obviamente, os valores cobrados do servidor deverão ser outros.  O auxílio-saúde que cada servidor recebe deverá ser revertido para o plano de autogestão, lembrou Marcos Pinto.

Esse apagão foi aprovado na assembleia geral do dia 30 realizada no TRE onde também foi tirado o indicativo de greve para se iniciar no dia 15 de agosto, a ser referendado na próxima assembeia geral que acontecerá no dia 12 na Justiça Federal.

Fonte: Sidjufe/BA

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