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Servidores do Judiciário do RS realizam ato público e votam pela continuidade da greve

A greve continua, pois somente com pressão a categoria conseguirá repor as perdas que já chegam a quase 50%. Essa foi a decisão da assembleia geral realizada nesta quarta-feira, 20, na Avenida Praia de Belas, em frente ao TRT. Foi aprovada, também, a formação do Comando Estadual de Greve, que terá a seguinte composição: cinco representantes da direção do Sintrajufe/RS; um representante de cada local de trabalho em greve do interior; e, em Porto Alegre, quatro representantes da Justiça do Trabalho, dois da Justiça Federal e dois da Justiça Eleitoral. Os locais em greve devem eleger seus representantes nesta quinta-feira, em assembleias de base.

Uma caminhada das varas trabalhistas até o TRT, com faixas, cartazes e palavras de ordem exigindo reposição salarial, precedeu o ato público e a assembleia realizados em frente ao tribunal. Mais de 300 colegas das justiças do Trabalho, Federal e Eleitoral, além de aposentados, ocuparam a Avenida Praia de Belas, interrompendo o trânsito no sentido bairro-Centro.

Antes da saída, enquanto aguardavam a chegada dos colegas da Justiça Federal, os servidores fizeram uma caminhada entre os prédios da VTs. Foi uma chamada para que os demais descessem e se somassem à atividade. No TRT, antes do ato e da assembleia, vários servidores, no hall de entrada, chamaram os colegas, ao som de “desce, desce”. O incentivo teve um efeito positivo, e vários colegas, de fato, desceram, sendo recebidos com aplausos.

Fortalecer a greve ainda mais

No início do ato, foi instalada a assembleia geral estadual. A atividade foi realizada em plena Avenida Praia de Belas, em frente ao TRT, onde a categoria falou de sua pauta, das perdas salariais, que chegam a quase 50%, do desrespeito do governo Dilma, que corta o orçamento do Judiciário.

Nos informes iniciais, a direção lembrou que o ato público realizado no dia 7, em frente ao STF, gerou resultados: Lewandowski orientou diretor-geral do STF, Amarildo Vieira, a procurar o Ministério do Planejamento (Mpog) para tratar do reajuste da questão orçamentária. Na reunião, ocorrida no dia 13, Sérgio Mendonça, secretário de Relações de Trabalho do Mpog, reconheceu que o reajuste na GAJ concedido em 2012 não é oriundo de acordo com os servidores, o que respalda a reivindicação da categoria. Mendonça ainda frisou que precisa de ordem superior para negociar pauta do Judiciário, o que reforça a necessidade de pressionar Dilma e Lewandowski a negociar.

Os colegas, em suas intervenções, foram unânimes no entendimento de que somente a greve pode dobrar o governo e forçar Lewandowski a buscar Dilma para negociar e de que é possível conquistar o reajuste. O quadro nacional, com a adesão de dez sindicatos, foi ressaltado em várias falas. Segundo os servidores, a vitória sobre a PEC 59/13, na greve do primeiro semestre, mostrou que é possível vencer; por isso, a tarefa é fortalecer a greve.

Fonte: Sintrajufe/RS, por Rosane Vargas, com fotos de Leandro Dóro

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