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Ato no TRE mostra a força da mobilização em São Paulo

Já no primeiro ato de greve, servidores da capital e do interior ocuparam a frente do Tribunal

Servidores das Justiças Federal, Trabalhista e Eleitoral da capital e do interior de São Paulo mostraram nesta quinta-feira, 21, que estão dispostos a enfrentar o arrocho salarial promovido pelo governo Dilma Rousseff (PT) e a pressionar o Supremo Tribunal Federal a cobrar do Executivo o respeito à autonomia entre os poderes. 

Eles participaram de um ato em frente ao TRE-SP, no qual reforçaram que sem mobilização da categoria, não haverá a reposição das perdas salariais. “Hoje é um dia de luta em todo o país e temos que forçar a negociação agora”, disse Adilson Rodrigues, diretor da Fenajufe.

Em oito anos, a inflação acumulada superou os 56%, de acordo com o IVC do Dieese, e comeu quase um terço do valor real dos salários dos servidores. “Somos 120 mil servidores que tocam aproximadamente 13 milhões de processos e ainda assim, batemos recorde de produtividade. Mas apesar disso, recebemos em troca o congelamento dos nossos salários, a precarização do trabalho e a retirada de nossos direitos”, reforçou Adilson.

Os servidores foram convocados a não só aderir à greve, mas a participar das atividades programadas. O chamado tem como foco todas as Justiças, mas em especial a Eleitoral, que neste momento organiza as eleições. “Historicamente, quando o TRE entra na luta a conquista é certa. Esse é o momento. É hora barrarmos o descaso do governo com os trabalhadores”, ressaltou Elyzaldo Veríssimo, servidor da Eleitoral e diretor do Sintrajud.

Pauta de reivindicações

Apesar da luta neste momento ter como foco fazer a presidente Dilma Rousseff (PT) negociar a proposta salarial do Judiciário e de pressionar o novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, a fazer valer a independência orçamentária e financeira do Judiciário, impedindo o Executivo de cortar os recursos necessários à concretização do PL 6613/09 no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), Adilson Rodrigues lembrou que as outras reivindicações não foram deixadas de lado.

“Temos o dever de cobrar tudo o que nos é devido, como o direito à data-base - assegurado por lei -, o fim do assédio moral nas instituições, políticas preventivas de assistência à saúde do trabalhador, melhores condições de trabalho,  a autonomia do Judiciário, etc. A fatura é grande e aumenta a cada dia”, disse o diretor da Fenajufe, que completou.  “Se tivermos força, podemos arrancar tudo e mais um pouco.”   

Fonte: Sintrajud/SP

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