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Ato "apaga" Anexo da Justiça Eleitoral e demonstra crescimento da mobilização no RS

Mais de 300 colegas do Judiciário Federal realizaram ato público nesta terça-feira em frente ao Anexo da Justiça Eleitoral, em Porto Alegre. O ato foi mais um passo do fortalecimento da greve deflagrada no último dia 14 e demonstrou que, apesar das tentativas de quebra da união da categoria por parte do governo e do STF, os servidores estão coesos na luta pela reposição salarial. Além de servidores da JT, da JF e de aposentados, a atividade contou com participação expressiva de colegas do prédio Anexo. Do interior, vieram colegas de Canoas, Gravataí, Novo Hamburgo, Pelotas, Santa Rosa, São Jerônimo, São Leopoldo e Taquara.


Unidade da categoria contra propostas divisionistas

A palavra de ordem no protesto foi união. Nas falas ao microfone, foram constantes as críticas à   Grael, gratificação exclusiva para os servidores da Justiça Eleitoral proposta pelo TSE e vista por todos como uma forma de desestruturar e enfraquecer a luta pela reposição. Assim como a proposta de carreiras exclusivas, a Grael pretende desunir a categoria e tem a intenção de funcionar como uma isca, como destacou o diretor do Sintrajufe/RS Andrés Cevallos: "Não estamos lutando apenas por reposição salarial; estamos novamente lutando para que nossa carreira não caia no abismo, estamos lutando contra o disparate das carreiras exclusivas, da 'farinha pouca, meu pirão primeiro'. Felizmente, os colegas da Eleitoral também não caíram na isca da Grael, uma proposta divisionista".

Trancando o trânsito por cerca de uma hora e meia em frente ao prédio, os servidores procuraram chamar a atenção da população para a situação que está colocada, com a categoria já acumulando quase 50% de perdas. O diretor do sindicato Cristiano Moreira explicou que a culpa da greve é dos patrões: "Os dois responsáveis são o governo, que arrocha os salários, e o STF", disse Cristiano. E completou com um chamado: "Temos que ir para a rua cobrar respeito do governo e do STF aos servidores".

Nesse sentido, o diretor Ruy Almeida lembrou a reunião do último dia 21 entre o ministro do STF Ricardo Lewandowski e representantes da categoria: "A reunião deixou claro que é possível buscar a reposição mas que, para que isso aconteça, temos que intensificar a mobilização". O diretor Paulinho Oliveira também falou sobre a reunião com Lewandowski, criticando o posicionamento do ministro, que afirmou que o pedido dos servidores é alto e que a categoria deveria ter um "plano B": "lutamos contra a lógica do patrão, que olha para o nosso pedido de reajuste e diz que é muito dinheiro, que faz uma escolha política para dizer que o reajuste dos servidores é menos importante. Nossa lógica é outra: não tem 'plano B', é 'plano A', e a implantação desse 'plano A' está aqui na rua agora, com a mobilização", disse Oliveira.

Greve segue pelo acordo entre STF e governo

Para encerrar qualquer especulação sobre o fim da greve a qualquer momento, o diretor do Sintrajufe/RS Fagner Azeredo lembrou: "Não podemos deixar o governo passar por cima do nosso orçamento. Temos que ter claro que apenas o acordo entre o STF e o governo garante a nossa vitória".

O entendimento de todos é que a mobilização precisa ser intensificada para que a reposição possa ser alcançada. Essa semana, última antes do envio do orçamento ao Congresso, é decisiva na luta por reposição salarial. Já são dez sindicatos em greve e mais nove em processo de mobilização, e o movimento tem crescido no Rio Grande do Sul nos últimos dias, como mostrou a grande participação no ato desta terça. É hora de fortalecer a greve, chamar os colegas para a luta e garantir a reposição salarial e, com ela, a derrota das carreiras exclusivas e da divisão da categoria.

Fonte: Sintrajufe/RS, por Alexandre Haubrich, com fotos de Daniel Borges e Rosane Vargas

 

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