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Servidores de São Paulo mantêm pressão e convocam novo ato no TRE

Eles se reuniram no Eleitoral para cobrar reposição dos salários. Próximo ato será dia 2

A mobilização dos servidores do Judiciário Federal pela reposição das perdas salariais cresceu nesta quarta-feira (27), quando eles realizaram um ato público e uma assembleia em frente ao TRE. Uma nova concentração foi marcada para a próxima terça-feira, 2 de setembro, às 13h, seguida de assembleia às 14h.

O ato reuniu ainda mais pessoas do que o da semana passada e chegou a bloquear o trânsito da rua Francisca Miquelina (centro de São Paulo). Aos colegas da Justiça Eleitoral juntaram-se servidores da Federal e da Trabalhista, incluindo servidores do interior do estado e da Baixada Santista. Ao mesmo tempo, caravanas de mais de 20 estados chegavam a Brasília para uma manifestação em frente ao STF.

Tanto na capital paulista como na capital federal, os servidores empunharam bandeiras, faixas e cartazes para exigir do presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, o empenho pela aprovação do PL6613/09 e pela inclusão, no Orçamento da União, dos recursos para a reposição salarial da categoria.

“Não aceitamos a ingerência da [presidente] Dilma [Roussef, do PT] no Poder Judiciário, impedindo a destinação de recursos para criação de varas, criação de cargos e melhoria dos salários dos servidores”, disse Adllson Rodrigues, coordenador da Fenajufe e integrante do comando de greve. “Cobramos nosso direito fundamental de prestar um serviço público digno e de qualidade à população”, afirmou.

Em Brasília, representantes dos servidores foram recebidos pelo diretor-geral do STF, Amarildo Vieira de Oliveira, e esperavam obter uma audiência com Lewandowski ainda nesta quarta-feira.

“Terceiro Poder ou poder de ‘terceira’”?

A defasagem salarial da categoria já dura oito anos, com uma perda acumulada de cerca de 56%. A esperança de recompor os salários está depositada no PL 6613, que tramita no Congresso Nacional há cinco anos e agora está parado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, por obstrução do governo.

Mas é preciso que Lewandowski assuma a defesa do projeto e faça frente a qualquer tentativa de veto dos recursos no Orçamento. Dilma tem até o fim deste mês para enviar a proposta orçamentária ao Congresso. Por isso, os servidores se mobilizam em todo o país para pressionar tanto a cúpula do Poder Judiciário como a presidente da República.

“Fizemos concurso para trabalhar no ‘Terceiro Poder’ e não em um ‘poder de terceira’”, declarou Adilson Rodrigues. “A cúpula dos Poderes têm de assumir sua responsabilidade e estruturar políticas para melhorar a organização do trabalho”, acrescentou.

“Se ficarmos sentados, vendo passar o bonde do congelamento salarial, não vamos resolver nossa situação”, disse Fausta Fernandes, da JF de Taubaté. “Isso vai depender da nossa mobilização.”

Fonte: Sintrajud/SP, por Camila Gala, com foto de Ennio Brauns

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