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Greve em Minas: servidores votam pela continuidade do movimento e fazem “arrastões” nos locais de trabalho

Em ato público e assembleia realizados na tarde desta terça-feira, 9, em frente ao prédio do TRE-MG, em Belo Horizonte, a maioria dos cerca de 300 servidores presentes votaram pela continuidade da greve em Minas e pela realização de atos públicos diários na capital, além de “arrastões” para chamar os colegas para a mobilização. Também ficou acertada a realização de novo ato público amanhã, dia 10, das 12h às 14h, em frente ao prédio do TRT na rua Mato Grosso, 468, no Barro Preto, em Belo Horizonte. No ato de hoje também não faltaram apitaços, palmas aos grevistas do estado e do país, palavras de ordem e o caixão do “enterro” da presidente Dilma Rousseff, que atraiu muitos curiosos.

Na atividade, realizada entre 12h e 14h, estiveram presentes os coordenadores do SITRAEMG Igor Yagelovic, Alexandre Magnus Melo Martins, Célio Izidoro Rosa, João Baptista Sellera, Vilma de Oliveira Lourenço, Dirceu José dos Santos, Daniel de Oliveira e Sandro Luiz Pacheco, além do servidor do TRT e diretor de base, David Landau.

Célio Izidoro abriu o ato chamando os servidores a denunciarem a postura da presidente Dilma Rousseff de cortar do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) a verba para a reposição salarial da categoria – atitude que se repetiu, gerando também grande indignação, nos anos de 2011, 2012 e 2013. Célio está confiante no ato de amanhã, 10, em Brasília, na posse do ministro Ricardo Lewandowski como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), quando servidores de todo o país (inclusive uma caravana do SITRAEMG) pressionarão o ministro para que ele exija que Dilma volte atrás no corte no orçamento. Para o coordenador Sandro Pacheco, servidor do TRE na cidade de Rio Preto, que representava, neste ato, os servidores do interior, o panorama atual da política é sombrio – por isso, só resta aos trabalhadores a greve. O coordenador ainda acrescentou que será necessário endurecer a luta, já que nenhum dos candidatos à presidência revelou um projeto para os servidores.

ato de ontem, 8, realizado na Justiça Federal, foi relembrado como um momento importante para mostrar que o sindicato só consegue viabilizar uma mobilização com a participação dos servidores. Nesse sentido, o diretor de base David Landau contou aos colegas como foi o “arrastão” realizado na ocasião, em que grupos de servidores e sindicalistas percorreram os prédios da Justiça Federal chamando os colegas para o ato de hoje e conscientizando-os sobre a importância da greve. Landau também comentou sobre o mandado de segurança coletivo impetrado pela AMB, Ajufe e Anamatra contra o veto da presidente e também informou sobre uma reunião que seria realizada na tarde de hoje entre a Fenajufe e o ministro Lewandowski. Ao final do ato desta terça, grupos de servidores também fizeram “arrastões” nos prédios do TRE.

Cada vez mais servidores na rua

No ato em frente ao TRE, os coordenadores parabenizaram o grande número de servidores das outras Justiças, em especial a Justiça Federal, que contava com quase 100 pessoas. Também foram pedidos palmas, gritos a apitaços, além de uma “ola”, para saudar os locais em greve em Minas (veja aqui o quadro de greve no estado), assim como representantes de locais de trabalho do interior e os aposentados, que estão sempre presentes às mobilizações do Sindicato. Para o servidor David Landau, o movimento tende a aumentar depois dos próximos “arrastões”. Ele, que espera que a reunião entre o ministro Lewandowski e a Fenajufe traga resultados bons para a categoria, disse sentir-se “mais forte” vendo os servidores reunidos no ato.

Igor Yagelovic, que é servidor do TRE e coordenador geral do SITRAEMG dirigiu-se diretamente aos seus colegas de Justiça Eleitoral pedindo-lhes para descerem e “engrossarem” o ato. Conforme Igor, a luta não é só por salários, mas para resgatar o poder do Judiciário, que vem sendo atacado em sua autonomia. “Chega de sermos capachos – precisamos que nos paguem salários dignos”, criticou o coordenador. Aos gritos das palavras de ordem “sem revisão não tem eleição”, puxados pela coordenadora sindical Vilma Lourenço, os servidores mais uma vez “enterraram” simbolicamente a presidente Dilma Rousseff e decretaram a data de seu enterro “oficial”: 5 de outubro, nas urnas.

Atuação sindical em Brasília

Ao falar aos colegas, o coordenador geral do SITRAEMG Alexandre Magnus Melo Martins citou o artigo assinado pelos três dirigentes sugerindo o impeachment de Dilma Rousseff, pelos desmandos com o Judiciário Federal e pediu palmas e apitaços para os servidores já em greve. Magnus também adiantou o tema das duas reuniões que o SITRAEMG fará em Brasília no dia 15 de setembro, uma com o diretor-geral do Supremo Tribunal Federal (STF) Amarildo Vieira e a outra com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) ministro Antonio José de Barros Levenhagen.

Em ambos os encontros, os sindicalistas tratarão de jornada de trabalho de seis horas, extinta pela Resolução 88/2009 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O coordenador geral do Sindicato explicou que, apesar da reposição salarial estar no centro das atenções, o Sindicato não pode se esquecer da saúde do trabalhador, posto que o adoecimento vem aumentando e, com a chegada do Processo Judicial Eletrônico (PJe), tudo piorou. O sindicalista ainda acrescentou que o Sindicato está munido de estudos que comprovam essa piora e que está preparando memoriais sobre o assunto para entregar nas reuniões sobre o tema.

Fonte: Sitraemg/MG

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