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Em Minas, greve continua e mais uma assembleia, nesta quarta-feira (17), definirá o rumo do movimento

A assembleia desta tarde, realizada durante ato público em frente ao TRE (Prudente de Morais, 100) deliberou pela continuidade da greve e mais um ato, a ser realizado amanhã, 17, das 13h às 15h, em frente ao prédio da Justiça Federal (Álvares Cabral, 1741), para mais uma avaliação do movimento grevista. A decisão pela continuidade da greve se deu por meio de votação, que foi bem acirrada, considerando que oito estados já deliberaram pelo fim da greve. Além de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso também farão assembleias amanhã para definir o rumo do movimento.

O coordenador sindical Célio Izidoro passou alguns informes sobre a reunião realizada hoje pela manhã, do Comando de Greve em Minas (composto por cerca de dez servidores que vem fazendo trabalho de corpo a corpo com os colegas nos locais de trabalho), onde discutiram o rumo que a greve vem tomando em todo o Brasil e o que deveria ser feito em Minas. Izidoro destacou que o trabalho do Comando de Greve é de suma importância para o movimento, pois o Sindicato não pode fazer nada sozinho. “Precisamos de vocês, das suas ideias para nos fortalecermos”, disse Célio, convidando mais colegas para se juntar ao Comando.

Ainda sobre essa reunião, o servidor do TRT e diretor de base do SITRAEMG Davi Landau informou que definiram por colocar em votação durante a assembleia pela “suspensão da greve com manutenção do estado de greve” e também por um “Apagão” no próximo dia 24, sem perder, contudo, o foco da mobilização. Essa decisão deve ser apreciada amanhã, no próximo ato.

Com greve, ou sem ela, categoria deve permanecer unida e mobilizada

Esse foi o recado deixado por vários servidores. José Henrique da Paixão (TRT) falou sobre o material que estava sendo entregue naquele momento (tabelas demonstrativas sobre a defasagem salarial da categoria desde o último PCS), para que servisse de inspiração para os servidores continuarem na luta por melhores condições. Sobre o andamento do Projeto que reajusta o salário da categoria, o servidor pediu aos colegas que deem um voto de confiança no novo presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, mas mostrar que “estamos de atentos e que vamos cobrar”. Reforçou também a necessidade de se fortalecerem, pois, “o povo precisa de um Judiciário forte”, disse, reforçando que a categoria não pode esvaziar o movimento, “somos capazes de conseguir, mas depende da nossa forma de agir”, pontua o servidor.

David Landau considera que o enfrentamento dos servidores não é apenas a uma pessoa, à presidenta Dilma, mas sim, a um poder econômico que quer garantir seus lucros. Disse isso, recordando-se da dívida pública brasileira que consome quase 50% do orçamento geral da União e que, mesmo prevista na Constituição Federal, nunca foi auditada. Landau, assim como o coordenador sindical Célio, citou também as metas impostas pelo CNJ aos servidores, baseada apenas em cima de números, desconsiderando as reais necessidades do trabalhador para que essas metas sejam atingidas.

Reuniões em Brasília

O coordenador geral do SITRAEMG Igor Yagelovic falou sobre as duas reuniões que participou em Brasília (DF) ontem, dia 15 (aguarde, em breve, mais informações) Com o presidente do TST, desembargador Antônio José de Barros Levenhagen, Yagelovic disse que o desembargador informou que havia conversado com Lewandowski e que aconteceria uma reunião com todos os presidentes dos tribunais superiores para tratar da valorização das carreiras e da revisão salarial dos servidores, porém, o projeto de lei foi encaminhado antes que a reunião acontecesse.

E no encontro com o diretor geral do STF, Amarildo Vieira de Oliveira, este informou ao coordenador sindical que o ministro Lewandowski sentiu a “pressão” da categoria no dia de sua posse (10/9), tanto que pediu ao Sindicato de Brasília que prezasse por uma manifestação pouco ruidosa. “Ficou claro que o movimento da categoria surtiu efeito”, disse Yagelovic, destacando que o problema da categoria acerca da revisão está no Poder Executivo. “Temos que batalhar e pressionar sim; vamos trabalhar também ao lado dos juízes para aumentar as forças”.

Vale lembrar o que também foi falado durante o ato sobre o movimento grevista dos juízes. Estes, através da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) fizeram uma mobilização em todos os estados no dia de hoje para demonstrar a insatisfação da Magistratura Federal com os recentes ataques do Poder Executivo.

Os coordenadores do SITRAEMG Dirceu José dos Santos, Daniel de Oliveira, Sandro Luis Pacheco e Vilma Lourenço também estiveram presentes à manifestação.

Fonte: Sitraemg/MG

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