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Servidores da Justiça Federal relatam os prejuízos com a retirada do auxílio-saúde

Servidores da Justiça Federal relatam os prejuízos com a retirada do auxílio-saúde

Os servidores da Justiça Federal de Alagoas, que deflagraram paralisação na terça-feira (13) e nesta quarta-feira (14), destacam os prejuízos com a retirada do auxílio-saúde pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região

O plano de autogestão do TRF da 5ª Região – o TRFMED, custa entre 4 e 5 vezes do valor do plano da Unimed da Associação dos Servidores da Justiça Federal de Alagoas – Assejuf-AL. A servidora Claudines de Siqueira revela que isso representa mais de R$ 2 mil retirados do seu salário, que já está defasado em virtude da inflação de mais de 30% acumulada nos últimos quatro anos, e o reajuste de 6% está longe de recuperar o poder de compra da categoria. “O Tribunal não deu a oportunidade de escolha. O órgão fala tanto em saúde mental, e esse prejuízo financeiro impacta na nossa vida totalmente. Usamos um plano que tem tudo o que precisamos, e querem que a gente mude para um plano de coparticipação que paga para usá-lo”, questiona.

Preocupado com o atendimento à saúde, o servidor Reginaldo Vasconcelos disse que todas as questões, que envolvem o Judiciário em relação aos seus ganhos e perdas, fazem parte do mesmo exército. “Os nossos desembargadores são os nossos coronéis, os juízes são os oficiais, e o servidor é o soldado. Temos que confiar nos nossos generais, para não perdermos a guerra. Com essa mudança, sinto-me como se tivesse jogado uma granada no meu bolso. Vou continuar com o plano da Unimed da Assejuf-AL que me atende 100%, permitindo trabalhar com tranquilidade”, disse.

O servidor aposentado Alberto Amâncio também reafirma que o plano da Assejuf-AL atende todas as necessidades dos servidores, esclarecendo que grande parte do custo do plano é pago pelo auxílio-saúde. “Com essa medida do TRF, é evidente a perda financeira do servidor que não vai ter o auxílio-saúde. O plano TRFMED onera muito mais o servidor com gastos de saúde. O pleito do servidor de Alagoas é no sentido de que essa perda seja reparada, dando a opção de receber o auxílio-saúde, que é uma medida que atende os ditames da resolução do Conselho da Justiça Federal”.

No primeiro dia de paralisação, os servidores da Justiça Federal de Alagoas se concentraram na sede da Assejuf-AL, que fica na área do Foro da Justiça Federal. O coordenador-Geral do Sindjus-AL, Paulo Falcão, revela que é o início de uma atividade importante, demonstrando a insatisfação da categoria com o Tribunal que quer transferir o auxílio-saúde para o plano autogestão.

O dirigente sindical também reforça a preocupação com as questões nacionais, como o arcabouço fiscal com impacto nas áreas da saúde, educação e serviço público. “É uma política brutal de ataque aos serviços públicos, impedimento os investimentos sociais, propondo o congelamento de salário e a não realização de concurso”, disse, ressaltando também a importância da luta contra o marco temporal, que desrespeita o território e a cultura dos povos indígenas, além de intensificar o desmatamento e os ataques ao meio ambiente.

O dirigente sindical informa que a categoria aguarda o resultado do julgamento do requerimento no TRF da 5ª Região, que pede o direito à opção pela manutenção do recebimento do auxílio-saúde ou pela autogestão de saúde – TRFMED. Após o julgamento, os servidores da Justiça Federal farão a avaliação do movimento e decidirão o rumo da mobilização. “Não temos interesse em fazer essa migração, pois o atual plano da Assejuf-AL atende as necessidades da categoria”, reforça o sindicalista.

A mobilização dos servidores da Justiça Federal recebeu o apoio do dirigente sindical do Sindipetro/AL, Eduardo Amaro, que também é da CSP-Conlutas.

 
 
 
 
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