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Sisejufe realiza mesa virtual para discutir Economia Solidária, Afroempreendedorismo e Economia Circular como alternativas para superação da desigualdade econômica e racial

Sisejufe realiza mesa virtual para discutir Economia Solidária, Afroempreendedorismo e Economia Circular como alternativas para superação da desigualdade econômica e racial

Debate será no dia 26 de julho, às 19h30, com participação de especialistas e jovens que se destacam em projetos inovadores

 A Economia Solidária, o Afroempreendedorismo e a Economia Circular surgem como alternativas para a superação de desigualdades econômicas e raciais em nossa sociedade. A Economia Solidária promove a cooperação e inclusão social, permitindo a valorização do trabalho coletivo. O Afroempreendedorismo, por sua vez, empodera comunidades negras ao estimular a autossuficiência econômica e valorizar a cultura negra. Já a Economia Circular busca eliminar o desperdício e criar um sistema mais sustentável. A convergência dessas abordagens inspira um futuro mais justo, onde a equidade é uma realidade alcançável para todos. São esses os temas que vamos refletir, trocar experiências e buscar caminhos e alternativas para superação da desigualdade econômica e racial.

Nossos convidados para a mesa virtual são: a idealizadora da Feira “É de brechó” e produtora da Festa Melanin, Vitoria Rosa; a coordenadora da Sede dos Conselhos Vinculados à Secretaria de Assistência Social e Economia Solidária de Niterói, Jaçanã Lima Bouças; o consultor de Ações Afirmativas e CEO Fundador da Iniciativa Preta, Tiago Alves Pereira; e o agente de Desenvolvimento do Programa Moeda Social Arariboia, Danillo Bueno (confira abaixo mais informações sobre os participantes).

O debate será pela plataforma Zoom. Para participar, basta se inscrever no link https://sisejufe.org.br/inscricaomesavirtual/ . Venha contribuir com suas ideias. Te esperamos!!!

Mais informações sobre nossos convidados:

VITORIA ROSA é estudante de Engenharia Mecânica, coordenadora estadual do Coletivo Nacional de Juventude Negra – ENEGRECER, membro e produtora da Escola Nacional de Formação Lelia González (Edições 2020 e 2021), uma das idealizadoras da Feira “É de brechó” a 1ª Feira de Brechós de Paracambi e produtora da Festa Melanin.

TIAGO ALVES PEREIRA é comunicólogo, professor e pesquisador. Consultor de Ações Afirmativas. CEO Fundador da Iniciativa Preta.

DANILLO BUENO é graduando em Ciências Econômicas na UFF, Coordenador Nacional do Coletivo Desajuste e Agente de Desenvolvimento do Programa Moeda Social Arariboia.

JAÇANÃ LIMA BOUÇAS é ativista do Movimento Negro Unificado, Fórum de Mulheres Negras estadual e municipal de Niterói, pertencente ao Coletivo Pretas Baobab, Conselheira da COMPIR Niterói. Membro do Comitê Técnico da Saúde da População Negra – Niterói. Atualmente é coordenadora da Sede dos Conselhos Vinculados a Secretaria de Assistência Social e Economia Solidária de Niterói.

É mestranda do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz – PPGICS/ICICT; graduada em Licenciatura e Bacharelado em Química; Extensão em Território e Desenvolvimento: Da Economia Solidária à Políticas Públicas e Sociais – PROEXT/PPESCE – UFRRJ, pela Escola de Extensão – UFRRJ; Extensão: Cidades e Autogestão – 2021 – Universidade Aberta à Economia Solidária – UAES e Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP; possui formação complementar em Proteção Social Especial – PSE e Proteção Social

Sindicatos parceiros e entidades como o Coletivo Enegrecer e o Coletivo da JFRJ irão retransmitir a atividade.

Mais sobre os temas em debate:

Afroempreendedorismo

Estratégia de enfrentamento à vulnerabilidade econômica e social da população negra, o segmento social mais afetado pelas transformações do mercado de trabalho. O tema ganhou destaque nacional com a pesquisa “Os donos do negócio do Brasil”, feita pelo Sebrae a partir dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) entre os anos de 2002 a 2012 e publicada em 2013. Nela, foram revelados que o número de empreendedores negros cresceu 27%. No ano de 2015, de forma inédita, a nova pesquisa realizada sobre “Os donos do negócio do Brasil” revelou que 50% dos donos de negócio eram negros, 49% brancos e 1% pertencia a outros grupos populacionais.

Segundo a última pesquisa do Sebrae sobre o perfil do Microempreendedor realizada em 2017, pretos e pardos representavam 53%. Este número tão expressivo de empreendedores auto-declarados pretos e pardos no Brasil deixa pistas para uma análise mais profunda sobre as questões etnicorraciais no campo do trabalho e nas oportunidades de empreender, além de chamar atenção para as condições do mercado de trabalho brasileiro e as implicações do incentivo ao empreendedorismo.

Economia circular

É mais urgente do que nunca mudar de um modelo linear de economia – no estilo use e jogue fora – para um circular: no qual os resíduos e a poluição são eliminados, os produtos e materiais mantidos em uso por mais tempo e os sistemas naturais podem se regenerar.

Uma economia circular, porém, não diz respeito apenas a consertar os problemas ambientais: evidências mostram que o modelo pode trazer grandes oportunidades e impactos positivos para indústrias, setores e vidas.

Pesquisas mostram que, ao reduzir o desperdício, estimular a inovação e criar empregos, a economia circular representa uma oportunidade econômica de US$ 4,5 trilhões. Novos modelos de negócios focados em modelos de reutilização, reparo, remanufatura e compartilhamento criam oportunidades significativas de inovação.

A transição para uma economia circular poderia criar um aumento de 6 milhões de oportunidades de emprego até 2030. Aproveitar ao máximo essa oportunidade vai exigir um foco explícito em justiça ambiental e social.

Banco Comunitário Arariboia

O Banco Comunitário Arariboia tem o objetivo de organizar e cadastrar pequenos produtores, empreendimentos de economia solidária e comerciantes de dentro das próprias comunidades para que a Moeda Social Arariboia seja usada como moeda local circulante, para movimentar a economia nestas localidades. A Moeda Social Arariboia é um projeto de transferência de renda que beneficia 31 mil famílias em situação de maior vulnerabilidade. Estas famílias são cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) e recebem o benefício da Moeda Social através de um cartão que é usado no comércio. A Moeda Social Arariboia aquece a economia nas próprias comunidades e na cidade de uma forma geral.

O projeto do Banco Comunitário Arariboia começou em junho de 2021, com uma agência na Vila Ipiranga, no bairro do Fonseca, zona norte de Niterói. A Moeda Social Arariboia foi lançada oficialmente em dezembro de 2021 e começou a circular em janeiro de 2022 beneficiando, inicialmente, 27 mil famílias. Em fevereiro, este número chegou a 31 mil famílias. O valor mensal da Moeda Social é de R$ 250 para o responsável familiar e mais R$ 90 para cada membro, com até cinco pessoas adicionais. O benefício pode alcançar R$ 700 por mês para uma família com seis integrantes. Por ano, a Moeda Social Arariboia vai injetar aproximadamente R$ 135 milhões na economia de Niterói. O programa possui 6500 comerciantes cadastrados.

A Moeda Social Arariboia faz parte do Programa Municipal de Economia Solidária, Combate à Pobreza e Desenvolvimento Econômico e Social de Niterói, instituído pela Lei Nº 3621. A lei tem como objetivos principais combater as desigualdades sociais, fomentar o desenvolvimento econômico e social das comunidades e estabelecer meios para atingir a erradicação da pobreza e a geração de emprego e renda para as camadas mais carentes do município.

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