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Em reunião com dirigentes, senadores do PMDB afirmam que mesmo sem acordo é possível votar PLC 28

Um grupo de servidores do Rio Grande do Sul que vieram à Brasília na caravana do Sintrajufe-RS para os trabalhos de pressão no Senado Federal, acompanhados do coordenador da Fenajufe Saulo Arcangeli e de representantes do Sintrajud-SP e do Sindjus-DF se reuniram, na tarde de ontem (09), com alguns senadores do PMDB com grande influência no Congresso Nacional e no Executivo. Na pauta, o processo de negociação entre os poderes para garantir a aprovação do PLC 28/2015, que reestrutura a carreira e revisa o salário dos servidores do Judiciário Federal.

O líder do partido no Senado, Eunício Oliveira, e os colegas de bancada Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir Raup (PMDB-RO) informaram aos dirigentes sindicais que várias reuniões estão sendo realizadas na tentativa de se chegar a um acordo orçamentário que seja capaz de garantir a implementação do reajuste salarial da categoria. Segundo eles, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, recebeu orientações para procurar "urgentemente" o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. O objetivo da conversa seria buscar um entendimento entre os poderes sobre o projeto, que se encontra no plenário do Senado.

O líder do PMDB informou, também, que na manhã de hoje (10) estava prevista uma reunião com a participação dos três senadores, o vice-presidente Michel Temer, também do PMDB, e a equipe econômica do governo. Conforme explicaram ao coordenador da Fenajufe e aos representantes dos sindicatos do Rio Grande do Sul, de São Paulo e do DF, nessa reunião os representantes do PMDB deveriam dizer à bancada do governo que, ou fecha-se um acordo ou o projeto vai à votação e será aprovado como está, com o apoio do partido. Isso não quer dizer, no entanto, que o projeto seja, de fato, votado na sessão desta tarde do Senado.

O diretor do Sintrajufe/RS Cristiano Moreira ainda questionou o senador Romero Jucá, relator do Orçamento do ano passado, sobre a possibilidade de inclusão dos valores da reposição salarial caso o projeto seja aprovado. Jucá explicou que é, sim, possível incluir uma suplementação orçamentária ainda em 2015.

Na avaliação de Saulo Arcangeli, a fala de Eunício Oliveira, líder do PMDB no Senado, mostra que, pelo menos, está ocorrendo pressão do Legislativo sobre o governo para fechar um acordo. “Pelas falas dos senadores do PMDB, caso não haja acordo e se o projeto for votado há chances de ser aprovado, inclusive com o voto do próprio PMDB. Mas sabemos que o acordo é fundamental para que não haja veto. Mais do que nunca, portanto, é importante aumentar e fortalecer a greve nacional da categoria, que se inicia nesta semana em vários estados e deve crescer nos próximos dias”, enfatiza Saulo.

PLC 41, do MPU

Na mesma reunião entre dirigentes sindicais da categoria e senadores do PMDB, também esteve presente o secretário-geral do Ministério Público da União (MPU), Lauro Cardoso. O senador Valdir Raupp é o relator do PLC 41/2015, que trata da reposição salarial dos servidores do MPU e que está para ser votado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Raup tentou votar o projeto na reunião de hoje da CCJ, mas não foi possível incluí-lo extra pauta. A ideia do relator é articular um requerimento de urgência para enviar o projeto, depois de aprovado na CCJ, ao plenário do Senado.

 

Da Fenajufe, com informações do Sintrajufe-RS

 

 

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