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Mais de quatro mil servidores tomam a Paulista

Categoria decide manter a greve por tempo indeterminado para forçar a votação do projeto que recompõe os salários congelados

A Paulista tremeu! Cerca de quatro mil servidores do Judiciário Federal fizeram história no centro financeiro do país nesta quarta-feira, 24 de junho. Quatro faixas da avenida foram completamente tomadas pela manifestação, que começou no Fórum Pedro Lessa, passou diante do TRF-3 e desceu pela Avenida Consolação até o TRT-2.

Nem a chuva desanimou os servidores que, com tambores, triângulos, apitos e vuvuzelas fizeram muito barulho para chamar a atenção da população à luta pela aprovação do PLC 28/2015, que recompõe o salário da categoria.

“Este é um dos maiores atos da história da nossa categoria. De norte a sul do país os servidores do Judiciário fazem greves e atos como este. Hoje, estão aqui caravanas de mais de 30 cidades do estado; estamos na rua para exigir a nossa recomposição salarial, para deixar claro que não vamos aceitar zero de reajuste e nem proposta rebaixada”, declarou o coordenador da Fenajufe Tarcísio Ferreira.

Antes da passeata, os trabalhadores participaram da assembleia geral e decidiram, por unanimidade, a continuação da greve por tempo indeterminado. A greve dos servidores foi deflagrada no dia 10 e ganha força em todo o estado de São Paulo a cada dia.

A categoria quer a aprovação do PLC 28/2015, que está pautado para ser votado no plenário do Senado na sessão da próxima quarta-feira, dia 30. A greve dos servidores do Judiciário já atinge todos os estados do país, sem exceção.

“Está já é uma das maiores greves da história do Judiciário Federal. Estamos muito perto da vitória, eles querem nos dar uma ‘merrequinha’ ou nada, temos que manter a greve com força até conseguir a aprovação do nosso projeto na íntegra”, afirmou o diretor do Sintrajud Cléber Borges de Aguiar.

Além da recomposição salarial, os servidores também querem melhores condições de trabalho. “Nós, servidores, queremos prestar um serviço de qualidade para a população e isso passa por boas condições de trabalho. Chega de enrolação, queremos nossa recomposição salarial, mas queremos também o fim do assédio moral e condições decentes para o nosso trabalho”, ressaltou a diretora do Sindicato Lynira Rodrigues Sardinha.

A manifestação foi finalizada no TRT-2. Apesar das tentativas da segurança do tribunal de impedir a entrada dos trabalhadores no prédio, os servidores conseguiram pressionar até a abertura dos portões e encerrar o ato na parte interna do tribunal.

“Os servidores do Judiciário deram um exemplo e mostraram que estão conscientes da necessidade da mobilização, no momento em que todos os estados do país já têm greve instalada. O recado que mandamos para o Executivo é que não aceitaremos mais esse congelamento imposto há nove anos à nossa categoria”, finalizou o diretor do Sindicato Erlon Sampaio.

Uma nova assembleia geral será realizada na próxima quinta-feira, às 14h, para decidir os próximos passos da mobilização e greve da categoria.

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