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Tensão na Esplanada: Fux cancela reunião com Bolsonaro e sai em defesa de Moraes e Barroso

Presidente do Supremo comunicou publicamente a decisão ao fim da sessão desta quinta-feira. 18 de Agosto é Greve Geral

“O Presidente da República tem reiterado ofensas e ataques e inverdades a integrantes desta Corte, em especial, aos ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes sendo certo que quando se atinge um dos integrantes, se atinge a Corte por inteiro... Diante dessas circunstâncias, o Supremo Tribunal Federal informa que está cancelada a reunião outrora anunciada, entre os chefes de Poder, entre eles, o Presidente da República. O pressuposto do diálogo entre os poderes, é o respeito mútuo entre as instituições e seus integrantes.”

Com esse pronunciamento, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, fechou-se ao diálogo institucional com Jair Bolsonaro. A atitude foi em resposta a ataques de Bolsonaro também nesta quinta-feira, durante entrevista à Rádio 93 FM do Rio de Janeiro.

Na entrevista, Bolsonaro novamente acusou o Supremo de atuação fora dos limites da Constituição e ameaçou o Ministro Alexandre de Moraes: “A hora dele vai chegar. Porque está jogando fora das quatro linhas da Constituição há muito tempo”, vociferou, ainda acusando o ministro de ser “arbitrário e ditatorial”. O destempero do titular do Planalto é reflexo de ter se tornado investigado no inquérito das Fake News por determinação de Moraes a pedido do TSE.

A ameaça de golpe ficou mais evidente quando, na quarta-feira, 4, à noite, em entrevista à Jovem Pan, o próprio Bolsonaro avisou que o antídoto diante da investigação contra ele, “não está nas quatro linhas da Constituição”.

18 de Agosto – Greve Geral contra a reforma administrativa
Enquanto abre fogo contra as instituições, Bolsonaro articula com a Câmara o ataque final de seu governo aos serviços públicos com a aprovação da PEC 32/20. O momento é grave e diante dos imensos prejuízos que a reforma impingirá aos servidores(as) e à sociedade como um todo, a solução é a intensificação da mobilização.

Contra a reforma administrativa, um ato nacional acontece no 18 de agosto, com a greve nacional da categoria nas três esferas da República. O ato foi confirmado durante encontro nacional dos servidores(as) públicos nos dias 28 e 29 de julho, que também aprovou o Manifesto entregue a Arthur Lira (PP/AL), presidente da Câmara, durante reunião com parlamentares e entidades da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público na tarde de ontem.


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Pela derrubada da reforma administrativa, a construção da Greve Geral do 18 de Agosto passa pela unidade e realização de atos conjuntos com trabalhadores(as) privados, movimentos sociais e o movimento estudantil. Da mesma forma, estabelecer o diálogo com os usuários do serviço público e mostrar como serão afetados, é de extrema importância para amplificar o movimento rumo aos nichos e núcleos sociais mais específicos como as comunidades, fortalecendo o debate contra a PEC 32/20.

 

Luciano Beregeno, da Fenajufe

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