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Redação Fenajufe

Nereu Ramos é palco de ato contra reforma da Previdência

O encontro organizado pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social contou com a participação da Fenajufe

 

Continuando os trabalhos da semana de esforço concentrado em defesa das pautas da categoria no Congresso Nacional, a Fenajufe e sindicatos da base participaram, na manhã desta quarta-feira (3), da reunião da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social. O ato, que ocorreu no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados, também foi palco para o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Reforma Tributária Solidária.

Estiveram presentes as coordenadoras Juscileide Maria Kliemaschewsk e Lucena Pacheco Martins e os coordenadores Costa Neto, Erlon Sampaio, Evilásio Dantas, Fernando Freitas, José Aristeia, Leopoldo de Lima, Roberto Policarpo, Roniel Andrade e Thiago Duarte. Pela base, o Sintrajud-SP, Sintrajufe-RS, Sintrajurn-RN, Sisejufe-RJ, Sitraemg-MG, Sintrajuf-PE, Sindjus-DF, Sindjuf/PA-AP, Sindijufe-MT e Sindjufe-MS.  

Na ocasião, a professora Denise Gentil apresentou os resultados do estudo sobre o modelo atuarial do regime geral e falou sobre os impactos da exclusão social da reforma da Previdência (PEC 6/2019). Gentil destacou três pontos fundamentais: ausência de memória de cálculo com os dados exatos; os parâmetros que foram utilizados no modelo atuarial e a ineficiência do projeto divulgado pelo governo, uma vez que não pode ser replicado.

Além disso, a professora criticou a falta de transparência da equipe econômica com relação aos números que embasam a proposta de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes: sete planilhas que, em tese, demonstrariam a fonte do déficit na Previdência, estão ausentes nos dados divulgados.

Reforma Tributária

Ocorreu também nesta manhã o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Reforma Tributária Solidária que busca mais justiça, desenvolvimento, emprego e consumo. O objetivo é fomentar um debate amplo, plural e democrático para corrigir anomalias do sistema tributário brasileiro. Na ocasião foi entregue material produzido pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip) e Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco).

 

Raphael de Araújo, a serviço da Fenajufe

Fotos: Joana Darc Melo 

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Comissão Especial da reforma tenta iniciar votação do relatório nesta tarde

Como previsto ainda ontem a guerra regimental travada entre governo e oposição na Comissão Especial que analisa a reforma da Previdência (PEC 6/2019) conseguiu atrasar a votação do relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB/SP), relator da proposta. Sem acordo em vários pontos, foram apresentados ao todo 109  destaques, sendo nove apenas da oposição, o que obrigou o presidente do Colegiado a abrir nova negociação. Ponto que também acirra os ânimos na Comissão é a transferência de recursos do PIS/PASEP para o BNDES.

A sessão desta quarta-feira, 3, está convocada desde as 13 horas, mas até o momento ainda não foi construído acordo sobre a tramitação e o trabalho continua intenso no Congresso. Além dos sindicatos da base que enviaram delegações a Brasília, a Fenajufe tem o corpo-a-corpo em andamento com os coordenadores Charles Bruxel, Costa Neto, Erlon Sampaio, Evilásio Dantas, Fernando Freitas, José Aristeia, Juscileide Kliemaschewsk, Leopoldo de Lima, Lucena Pacheco Martins, Roberto Policarpo, Roniel Andrade, Epitácio Júnior e Thiago Duarte Gonçalves. A sessão da Comissão, ontem, contou com a presença do coordenador-geral, Costa Neto. Enquanto isso, os demais dirigentes buscavam contato com parlamentares para entrega de Nota Técnica contendo análise da reforma e de uma carta direcionada aos parlamentares. 

A vitória foi comemorada pela oposição, apesar de o relator ter mantido no texto, pontos que ameaçam os ser vidores públicos federais, uma vez que as mudanças inseridas no texto não afetam servidores dos estados e municípios. É o caso da possibilidade de eventual cobrança de contribuições extraordinárias, nos RPPS (Regimes Próprios de Previdência Social). Outra mudança introduzida pelo relator mantém, para os Agentes de Segurança, pensão igual ao último salário. 

No geral o texto do relator manteve a orientação do Executivo e continua extremamente prejudicial à massa trabalhadora. Com estados, municípios e militares fora da reforma, recairá sobre o trabalhador da iniciativa privada e o funcionalismo público federal, a maior fatia da economia de R$ 1 trilhão pretendida pelo governo, para fomentar o lucro dos bancos. Nesta 

A Comissão Especial tem sessão convocada desde as 13 horas, na sala de reuniões da Comissão e será restrita aos parlamentares. Neste momento é tentada a construção de acordo procedimental para início da votação do relatório. Tão logo seja disponibilizado o link, a Fenajufe iniciará a transmissão.

A complementação de voto do relator tem o seguinte teor:

Facilitação da extinção do Regime Próprio:

- O texto prevê a complementação de aposentadorias ao servidor como compensação pelo que pagou acima do teto do RGPS, em casos de extinção do RPPS (art. 37, §15). Essa regra não é aplicável para aposentadorias concedidas antes da EC (art. 7°).

- O texto prevê a migração dos servidores para o RGPS em caso de extinção do RPPS (art. 40, §22, I).

- Há ainda a criação de uma série de regras que respaldam a extinção desses regimes (assunção da responsabilidade de pagamentos pelo RGPS; previsão de ressarcimento/ complementação de servidores que contribuíram sobre valores superiores ao teto do RGPS; vinculação das reservas aos pagamentos de benefícios ou complementações; previsão de que superávit não impede a extinção) (art. 36).

 

Desconstitucionalização do RPPS

- Traz para o texto constitucional a idade mínima de aposentadoria voluntária do servidor (62/65 anos) (art. 40, §1°, III).

- Demais requisitos (tempo de contribuição, tempo de serviço público, tempo no cargo) e regras para Estados e Municípios, ficam a cargo de lei complementar do ente (art. 40, §1°, III).

- Define e limita as possibilidades de aposentadoria especial para todos os entes, que serão regulamentadas por lei complementar:

* servidores com deficiência (art. 40, §4°-A);

* agente penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial (legislativo, PF, PRF, PFF e civis) (art. 40, §4°-B); e

* servidores cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes nocivos (art. 40, §4°-C).

- Define idade mínima para aposentadoria do professor (57/60 anos). O tempo de magistério será definido em lei complementar.

 

 

Estados e Municípios

- As regras para Estados e Municípios (inclusive idade mínima) ficam a cargo de lei complementar do ente (art. 40, §1°, III).

- Aplicam-se as normas constitucionais e infraconstitucionais vigentes antes da entrada em vigor da EC, até que sejam promovidas as alterações pelo ente (art. 4°, §9°; art. 10°, §7°; art. 21, §4°; art. 22, §4°; art. 23, parágrafo único; art. 24, §8°), inclusive no que se refere a categoria especiais não abrangidas pela EC (art. 4°, §10°) e aos policiais (art. 5°, §2°).

- Deixa de ser obrigatória a alíquota mínima de 14% para os Estados e Municípios (alteração do art. 12)

- É fixado o prazo máximo de 60 meses para parcelamento de débitos dos entes com seus regimes próprios (art. 9°, §9°).

 

 

RPPS

- Acumulação de benefícios no RPPS: deixa claro que se aplicam ao RPPS as regras do RGPS (art. 40, §6°).

- Aumento das possibilidades de ação em caso de déficit atuarial: cobrança de contribuições dos aposentados sobre o que exceder o salário mínimo (art. 149, §1°-A, da CF) e instituição de contribuições extraordinárias (art. 40, §22, X; art. 149, §§1°-B e C, da CF; e art. 9°, §8°).

- Abono de permanência: é garantido o seu pagamento até que haja regulamentação por lei federal (art. 3°, §3°).

- Transição RPPS: inclui a possibilidade da professora que ingressou antes de 2003 se aposentar com paridade aos 57 anos (art. 4°, §6°, I). O texto inicial exigia a idade mínima de 60 anos.

- Averbação de tempo de serviço:  Incluiu-se dispositivo que exige, para fins de averbação de tempo de serviço fora do serviço público no regime próprio, certidão que confirme tempo de efetiva contribuição (art. 26, §3°).

 

Readaptação de Servidor: O novo texto determina a manutenção da remuneração do cargo de origem (art. 37 , §13), em casos de readaptação de servidor em novo cargo.

Incorporações: São resguardadas as incorporações de vantagens remuneratórias efetivadas anteriormente à EC (art. 13)

 

 

- Policiais:

*Os policiais civis do DF são incluídos às categorias que se aposentarão pelas regras da LC 51/85, com idade mínima de 55 anos (agentes penitenciários, agentes socioeducativos, polícias legislativas, PF, PRF e PFF) (art. 5°).  Esses policiais civis do DF também são inseridos nas regras transitórias (art. 10, §2°, I).

*Passa-se, ainda, a considerar o tempo de exercício nas forças armadas, nas polícias militares, nos corpos de bombeiros e a atuação como agentes penitenciários e socioeducativos como tempo de atividade policial.

*A pensão por morte dessas categorias que for decorrente de agressão sofrida no exercício ou em razão da função será vitalícia e equivalente à remuneração do cargo (art. 10, §6°).

 

 

Justiça Federal

- É mantida a competência da justiça federal em causas previdenciárias, inclusive acidentárias. Mantém-se a disposição constitucional atual de que causas previdenciárias poderão ser julgadas na justiça estadual, caso a comarca não seja sede de vara federal (art. 109, §3°, da CF). A competência para dirimir conflito de competência pela justiça federal foi suprimida (art. 109, §6°).

 

RGPS:

- É constitucionalizada a idade mínima de aposentadoria do professor (57/60 anos) (art. 201, §8°, da CF).

- Garantiu-se que a vedação da diferenciação da base de cálculo em função da atividade econômica não alcança as diferenciações realizadas antes da EC (art. 31, caput) e passou-se a exigir que as contribuições substituídas até essa data incidam sobre receitas decorrentes de exportação (art. 31, parágrafo único, II).

 

Privatização da Previdência Complementar

- É explicitado que os entes poderão patrocinar planos de benefícios e não entidades de previdência complementar (art. 202, §5°).

- Exige-se a manutenção das entidades fechadas somente até que a questão seja regulamentada em lei (art. 34).

 

BPC

- É constitucionalizado o critério para percepção do benefício: renda per capita inferior a um quarto do salário mínimo (art. 203, parágrafo único, da CF).

 

 

BNDES:

- É devolvido o direito do BNDES à utilização de 28% dos recursos do PIS/PASEP (redação atual da CF prevê 40%) (art. 239, §1°, da CF). Haverá uma avaliação anual dos programas desenvolvidos pelo banco, com apresentação à CMO (art. 239, §6°, da CF).

 

 

Cálculo de benefícios

- As regras de cálculo passam a ser definidas por lei (art. 10, §4°; art. 16, §4°; art. 17, §3°; art. 18, parágrafo único; art. 19, §3°; art. 20, §2°; art. 22, §3°).

- Permitiu-se excluir contribuições do cálculo do benefício, contanto que essas contribuições excluídas não sejam contabilizadas no tempo de contribuição (art. 27, §7°).

- O novo texto passou a considerar que as regras de cálculo de benefício estabelecidas são transitórias e valerão até que lei regulamente a questão:

* Valor dos Proventos de Aposentadoria Voluntária RGPS e RPPS:  60% da média (para 20 anos de tempo de contribuição) + 2% ao ano

                * Valor dos Proventos de Aposentadoria Compulsória RPPS: TC/20 * (60% da média (para 25 anos de tempo de contribuição) + 2% ao ano))

                * Valor dos Proventos Servidor na Transição (ingresso posterior a 2003) e aposentadoria por invalidez decorrente de acidente de trabalho: 100% da média

 

Sistema integrado RPPS X RGPS X Militares X benefícios assistenciais (art. 12):

- Esse sistema seria construído para fortalecimento da gestão, governança e transparência, além da verificação do cumprimento do teto remuneratório e da regra de vedação de acumulação de cargos.

- Há vedação expressa de compartilhamento dos dados desse sistema para fins diversos da fiscalização (art. 12, §2°).

 

Rurais:

- Explicitou-se que a regra de transição que exige idade mínima de 60/ 65 anos e 15 anos de contribuição não alcança os trabalhadores rurais (art. 19).

- Substituiu-se a expressão “segurado especial rural” por trabalhadores de que trata o art. 195, §8°, da CF (produtor, parceiro, meeiro, arrendatário rurais e o pescador artesanal), para fins de garantir que a comprovação da atividade rural possa ser realizada até que 50% dos trabalhadores estejam cadastrados no CNIS (art. 26, §1°).

 

 

Regra de Transição RPPS e RGPS

- As regras de transição dos dois regimes são reunidas em um dispositivo (art. 21).

- As regras são as seguintes:

                *Regra Geral (art. 21, I a IV): Idade (57/60 anos) + Tempo de Contribuição (30/35 anos) + 20 anos de serviço público (para RPPS) + 5 anos no cargo (para RPPS) + Pedágio de 100% do que faltar para completar o tempo de contribuição (30/35) na data da entrada em vigor da EC.

* Regra Professor (art. 21, §1°): Idade (55/58 anos) + Tempo de Contribuição (25/30 anos)

- Valor da aposentadoria: Totalidade e paridade, para os servidores que ingressaram até 2003 (art. 21, §2°, I). Demais servidores e aposentados do RGPS, o cálculo será na forma da lei (art. 21, §2°, II).

 

Pensão por Morte:

- O texto possibilita a percepção de pensão inferior ao mínimo, em caso de haver outra fonte de renda no âmbito do conjunto de dependentes. A análise não mais se restringe ao caso individual do beneficiário, como previa o parecer anterior (arts. 40, §7°, e 201, V).

- Para fins de recebimento da pensão, o texto equipara a filho o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica (art. 24, §6°).

 

Alíquota da CSLL (art. 33)

- O texto prevê que a alíquota incidente no caso das pessoas jurídicas de seguros privados, das de capitalização e das referidas nos incisos I a VII e X do § 1º do art. 1º da Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001 (listadas abaixo), será de vinte por cento:

 I – os bancos de qualquer espécie;

 II – distribuidoras de valores mobiliários;

 III – corretoras de câmbio e de valores mobiliários;

 IV – sociedades de crédito, financiamento e investimentos;

V – sociedades de crédito imobiliário;

VI – administradoras de cartões de crédito;

VII – sociedades de arrendamento mercantil;

X – associações de poupança e empréstimo;

Essas entidades passaram a ter alíquota reduzida de 20% para 15% a partir de 01/01/2019.

- O texto também prevê que as cooperativas de crédito sejam sujeitas a uma alíquota de CSLL de 17%. Essas entidades passaram de 17% para 15% a partir de 01/01/2019.

 

 

 

 

 

 

 

 

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Voto complementar do relator será apresentado à Comissão da reforma da Previdência

A Comissão Especial da reforma da Previdência realiza audiência na tarde desta terça-feira, 2 para iniciar a apresentação do voto complementar do relator da proposta, deputado Samuel Moreira (PSDB/SP). A votação do relatório está prevista para ter início na quarta-feira, 3.

É esperada uma guerra regimental, com requerimentos de toda natureza, na tentativa de protelar a leitura. Há ainda os destaques que, se retirados pelos partidos que apoiam a reforma, restarão apenas nove.

Dirigentes da Fenajufe e delegações dos Sindicatos da base buscam pressionar os parlamentares da Comissão para derrubar os mecanismos que tornam inviável a aposentadoria do trabalhador – seja da iniciativa privada ou do serviço público. O esforço concentrado trouxe a Brasília representações de vários estados.

Caso as negociações não frutifiquem, outro voto complementar pode acontecer. O voto complementar do relator pode ser lido NESTE LINK.

Acompanhe a sessão:

 

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Terça-feira de pressão no Congresso contra reforma da Previdência

Dirigentes da Fenajufe e sindicatos da base na defesa dos servidores públicos, também, no Senado

 

Em semana decisiva contra a reforma da Previdência (PEC 6/2019), a Fenajufe e sindicatos da base continuam, nesta terça-feira (2), os trabalhos e pressão sobre os parlamentares. A semana promete ser decisiva e de extensa agenda a ser cumprida pelos coordenadores. A Federação manteve na tarde dessa segunda (1) e nesta manhã, o trabalho no Aeroporto Internacional de Brasília com faixas e cartazes para cobrar e pressionar os parlamentares a votarem contra a PEC.

No Congresso Nacional, as atividades começaram cedo. Dirigentes da Federação e delegações dos sindicatos entregaram nota técnica e carta dirigida aos parlamentares. O material reforça os argumentos contra a reforma proposta por Jair Bolsonaro e Paulo Guedes. A coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli, denunciou acordo sendo costurado entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ) e governadores, negociando aprovação da reforma tendo como moeda de troca, a securitização dos créditos públicos (PLP 459/2017).

A comissão especial da Câmara que analisa a proposta deve se reunir às 16h30. Nesse horário, também está marcada reunião com o Chefe de Gabinete Rodrigo Rios da liderança do Solidariedade.

Já no Senado, os coordenadores da Fenajufe Costa Neto, Evilásio Dantas, Fernando Freitas e Roniel Andrade e sindicatos da base acompanharam, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, audiência pública para discutir o Projeto de Lei do Senado (PLS) 116/2017, que prevê a perda do cargo público por insuficiência de desempenho do servidor público estável.

Mobilização

No que depender da Fenajufe e dos servidores do PJU e MPU, não será tão fácil assim para o governo e seus aliados na Câmara dos Deputados. Com as centrais sindicais, movimentos sociais e demais entidades dos trabalhadores, a semana será de pressão intensa no parlamento. Os trabalhadores – tanto da iniciativa privada quanto do serviço público – não estão dispostos a perder direitos, sem lutar por eles.

Sindicatos da base e dirigentes da Fenajufe estão desde ontem em Brasília para buscar o voto contra a reforma. A pressão continuará ao longo da semana e estará presente também nos redutos eleitorais dos parlamentares. 2020 é ano de eleição municipal e hora de cobrar dos aliados políticos dos parlamentares, posição em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras.

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Fenajufe acompanha audiência pública no Senado sobre projeto de demissão do servidor público

Na semana de esforço concentrado contra a reforma da Previdência, a Fenajufe e sindicatos da base acompanham, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, audiência pública para discutir o Projeto de Lei do Senado (PLS) 116/2017, que prevê a perda do cargo público por insuficiência de desempenho do servidor público estável.

Acompanhe:

 

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Auditoria da Dívida Pública denuncia acordo entre Maia e governadores para aprovar reforma da Previdência em troca da securitização dos créditos públicos

PLP 459/2017 está na pauta da Câmara

A coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli, denunciou na manhã desta terça-feira, 2, acordo sendo tecido entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ) e governadores, negociando aprovação da reforma tendo como moeda de troca, a securitização dos créditos públicos.

A economia de R$ 1 trilhão à custa da aposentadoria e do sangue dos trabalhadores seria aplicada na capitalização – ou seja, transferido aos bancos. Mas o relator da PEC 6/2019, deputado Samuel Moreira (PSDB/SP) retirou o tema do relatório. Contrariado, o setor financeiro não aceita perdas e pressiona, através dos governadores, a aprovação do PLP 459/2017, que trata da securitização de créditos públicos – engenharia financeira complexa pra evitar auditamento e esconder desvio dos recursos oriundos da arrecadação tributária. 

Isso significa que os tributos pagos por cidadãos e empresas, não chegará mais aos cofres públicos. Com a securitização, os tributos chegam à rede bancária e dela, vão para contas vinculadas a uma nova estatal que está em gestação. A finalidade e o destino, na avaliação de Fattorelli, será para uns poucos e muito bem privilegiados estabelecimentos.

Além de representar esquema fraudulento de desvio de dinheiro público, o PLP da securitização dos créditos promove Geração ilegal de dívida pública, paga por fora dos controles tributários mediante desvio.Conheça a proposta AQUI.

Interpelação extrajudicial

Na segunda-feira, 1, a Auditoria Cidadã da Dívida iniciou protocolo da interpelação extrajudicial referente à PEC 6/2019 na Câmara dos Deputados. O objetivo é entregar o documento nos 513 gabinetes.  O texto está disponível em link e constitui importante passo para a cobrança de responsabilidade de parlamentares que estão sendo alertados sobre os danos dessa PEC 6/2019 para as pessoas, para a economia do país e para as finanças públicas.

 

 

 

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Fenajufe reúne-se com Chefe de Gabinete do líder do governo na Câmara

Federação defendeu o direito à aposentadoria dos trabalhadores, tanto da iniciativa privada quanto do serviço público

 

O trabalho de pressão em Brasília continua. Na tarde desta segunda-feira, 1, os coordenadores Costa Neto, Epitácio Júnior e Fernando Freitas, acompanhados pela Conselheira Fiscal do Sindjufe (MS), Patrícia Barbosa, reuniram-se com Leo Van Holthe, Chefe de Gabinete da Liderança do Governo na Câmara dos Deputados. O ponto principal da pauta foi a tramitação final da PEC 6/2019 na Comissão Especial e seus reflexos nocivos para a sociedade.

Os dirigentes apresentaram argumentos contrários à reforma pelo potencial lesivo aos conjunto dos trabalhadores, cuja proposta do governo ataca frontalmente os servidores públicos ao aumentar o tempo de contribuição e a idade para obtenção do benefício, além do aumento nas alíquotas de contribuição, progressivamente, de 11% para até 22%.

Os coordenadores esclareceram que o servidor público vem sendo demonizado pelo atual governo e são um dos principais alvos da reforma. Deixaram claro que os servidores públicos inativos contribuem para a previdência desde 2003 e que o sistema já se encontra quase equacionado, não se justificando os ataques sofridos. Além disso, o teto do funcionalismo público para os servidores que entraram a partir de 2013 está limitado ao do regime geral, desmistificando as falácias de que os servidores são privilegiados.

Taxativo, Van Holthe deixou claro que “quem toca a pauta da reforma da Previdência é o Ministério da Economia e o ministro Paulo Guedes”. Segundo ele, o líder – Major Vitor Hugo (PSL/GO), não tem margem de negociação sobre o tema. Na Câmara dos Deputados, a reforma, hoje, tem como principais protagonistas o presidente Rodrigo Maia (DEM/RJ) e o Centrão (DEM, PP, PSD, PR, PRB, Solidariedade, PSC, Pode, PROS, Patriotas e Avante), em interlocução direta com o ministro da Casa Civil, Ônix Lorenzoni e o secretário da Previdência, Rogério Marinho.

Leo Van Holthe disse que uma proposta de consenso no texto complementar do relator na Comissão Especial seria discutida em reunião na noite desta segunda-feira, com o objetivo de suprimir os destaques até agora apresentados – 69 no total. Ainda segundo o Chefe de Gabinete, a intenção de Maia e a vontade do governo é votar a proposta em plenário na Casa, em dois turnos, antes mesmo do recesso, em 17 de julho.

Mobilização

Mas no que depender da Fenajufe e dos servidores do PJU e MPU, não será tão fácil assim para o governo e seus aliados na Câmara dos Deputados. Com as centrais sindicais, movimentos sociais e demais entidades dos trabalhadores, a semana será de pressão intensa no parlamento. Os trabalhadores – tanto da iniciativa privada quanto do serviço público – não estão dispostos a perder direitos, sem lutar por eles.

Sindicatos da base e dirigentes da Fenajufe estão desde hoje em Brasília para buscar o voto contra a reforma. A pressão continuará ao longo da semana e estará presente também nos redutos eleitorais dos parlamentares. 2020 é ano de eleição municipal e hora de cobrar dos aliados políticos dos parlamentares, posição em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras.

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Os resultados da CPI da Previdência frente a reforma da Previdência em discussão na CDH do Senado

Na semana em que trabalhadores e trabalhadoras de todo o país se concentram em Brasília para pressionar o Congresso contra a reforma da Previdência, a Comissão de Direitos Humanos do Senado realiza audiência pública em que discute os resultados da CPI da Previdência, finalizada em 2018, frente a reforma da Previdência em discussão na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. 

Fenajufe e sindicatos da base, ao lado de outras entidades dos servidores públicos, estão presentes. Acompanhe:

 

 

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Semana de pressão em Brasília: reforma da Previdência, NÃO!

Servidores e Servidoras públicos do Judiciário federal e MPU de todo o país estarão em Brasília nesta semana para o esforço concentrado em defesa das pautas da categoria no Congresso Nacional. Com especial atenção para a proposta de reforma da Previdência, a categoria cumpre extensa agenda de visitas e de pressão, muita pressão sobre a Comissão Especial e  bancadas estaduais, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado.

Para aumentar a temperatura sobre o Congresso e a pressão contra a reforma, a Fenajufe convocou todos os sindicatos filiados a enviarem delegações a Brasília já a partir da segunda-feira, 1º. Também o plantão na Federação é ampliado, trazendo à capital da República, coordenadores e coordenadoras para buscar o convencimento dos parlamentares.

As atividades têm início já nesta segunda-feira, 1º, com a recepção aos parlamentares no aeroporto de Brasília. Às 16h30 os coordenadores Costa Neto e Fernando Freitas, acompanhados pela conselheira fiscal do Sindjufe (MS), Patrícia Barbosa, terão reunião no gabinete do deputado Major Vitor Hugo (PSL/GO), líder do governo na Câmara.

A agenda continua com o acompanhamento na Câmara e Senado, onde sindicatos e Fenajufe pressionarão as bancadas estaduais contra a proposta de reforma da Previdência pretendida por Maia, Bolsonaro e Guedes. Em estrito atendimento ao capricho do alto empresariado e banqueiros, a PEC 6/2019, mesmo com alterações, dificultará e, em casos específicos até mesmo impedirá, a aposentadoria de inúmeras categorias de trabalhadores e trabalhadoras.  

Pressão nas redes sociais

Ao passo que em Brasília a pressão sobre o parlamento aumenta, nas redes sociais na internet não será diferente. Um levantamento completo feito pelo Sindjufe (MS) gerou planilha com os perfis dos parlamentares que integram a Comissão Especial no Facebook, Twitter e Instagram. A planilha traz também os contatos do gabinete em Brasília e o e-mail dos parlamentares. Para baixa-la, clique AQUI.

A Fenajufe reforça orientação aos sindicatos da base que intensifiquem as ações nos redutos eleitorais dos parlamentares, sejam deputados federais ou senadores, bem como de seus aliados políticos, como governadores, deputados estaduais, prefeitos, vereadores e lideranças locais.

A agenda de atividades até o momento está assim distribuída:

 

Data

Hora

Evento

Local

Coord. Responsável

01/07

Segunda

16:30h

Audiência com o Chefe de Gabinete Leo do dep. Major Vítor Hugo (líder do Governo)

Anexo II sala 107

 

01/07

Segunda

14h

Recepção aos Deputados para pressionar a votar contra a Reforma da previdência

Aeroporto de Brasília

 

02/07

Terça

09h

Recepção aos Deputados para pressionar a votar contra a Reforma da previdência

Aeroporto de Brasília

 

02/07

Terça

A confirmar

Apresentação de complementação de voto do relator, Dep. Samuel Moreira e deliberação do relatório pela Comissão Especial da Reforma da Previdência.

Local a definir

 

02/07

09h

Audiência Pública/Reforma da previdência e CPI da Previdência

Anexo II, Ala Senador Nilo Coelho, Plenário 02 - Senador Federal.

 

02/07

14h30mim

Audiência Pública interativa para debater o PLS 116/17 que prevê a perda do cargo público por insuficiência de desempenho de servidor público

Anexo II, Ala  Senador Alexandre Costa,  Plenário 09

Senado Federal

 

02 a 04 de julho 

Dia todo

Visita aos parlamentares para tratar da PEC 6/2019

(Caravanas dos sindicatos)

Câmara dos Deputados

 

03/07

Quarta

A confirmar

Apresentação do parecer pela aprovação do PL5707/2016 que dispõe sobre a estrutura organizacional e o quadro de pessoal do CNMP

Plenário 4

 Câmara dos Deputados

 

03/07

Quarta

09h

 

Lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Reforma Tributária Solidária

 

Auditório Nereu Ramos – Câmara dos Deputados

 

03/07

Quarta

09h

Ato contra a PEC 6/2019 – Palestra da Profª. Denise Gentil que apresentará resultados do estudo sobre o modelo atuarial do regime geral e falará sobre os impactos da exclusão social da PEC 6/2019.

Auditório Nereu Ramos – Câmara dos Deputados

 

04/07

09h

Audiência Pública/Registro, posse e porte de armas no Brasil.

Anexo II, Ala Senador Alexandre Costa Plenário 03

 

04/07

Quinta

10h

Audiência Pública/ reforma da Previdência sobre a situação fiscal do Sistema de Previdência Social do Brasil

Anexo II - Plenário 07 da Câmara dos Deputados

 

04/07

Quinta

14h

Reunião com o Líder do PSL Dep. Delegado Waldir.

Anexo II da Câmara dos deputados, Ala A pavimento superior, sala 111 Liderança do PSL

 

05/07

Sexta

15h

Reunião com a Assessoria parlamentar da Fenajufe (Toninho do Diap )

Sede da Fenajufe

 

05/07

Sexta

17h

Reunião com a AJN

(Dr. Paulo Freire e Drª Yasmim Yogo )

Sede da Fenajufe

 

06/07

Sábado

10h

Reunião de Planejamento da Diretoria da Fenajufe

San Marco Hotel

 

07/07

Domingo

A definir

Reunião de Planejamento da Diretoria da Fenajufe

San Marco Hotel

 

 

 

 

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Ação que pode reduzir salário de servidores volta à pauta do STF em 21 de agosto

Está pautado para o dia 21 de agosto no Supremo Tribunal Federal (STF) a apreciação da ADI 2238 - que permite a redução da carga horária do servidor público e consequente subtração de valores do salário.  No dia 26 de junho o tema estava na pauta, mas não teve a análise continuada pelos ministros.

A ação foi proposta em 2001 pelo PT, PCdoB e PSB, para suspender dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal que permitem redução da jornada de trabalho e de salários dos servidores públicos, quando os gastos com a folha de pagamento ultrapassarem o teto estabelecido por esta Lei.

Adiamento da pauta

Em ofício conjunto com a Fenajud, Fenafisco, Fenasepe, Fenafim, FenaPRF, Fasubra, Fenaspen, Fenamp, Fenapef e Fenadepol foi solicitado ao presidente do STF, ministro Dias Toffoli, o pedido de adiamento da análise das ADIs 2238, 2365, 2250, 2261, 2256, 2324, 2241 e da ADPF 24. As ações buscam impugnar dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal.

A principal preocupação é que, num momento em que se exacerba o discurso de equilíbrio nas contas públicas – muitas vezes sem parâmetros racionais de discussão pela opinião pública-  o Supremo Tribunal Federal se sinta pressionado a tomar decisão que inviabilize a continuidade da prestação de serviços essenciais à comunidade.

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Trabalhadores pressionam e impõem derrota ao governo

O governo federal amargou mais uma derrota ontem, 27. A medida provisória editada para estrangular os sindicatos e demais entidades dos trabalhadores, perdeu a validade. A vitória foi conquistada depois de muita pressão e muita luta unificada dos trabalhadores, tanto do serviço público quanto da iniciativa privada.

Organizados, sindicatos, associações classistas, federações, confederações e centrais sindicais pressionaram a Câmara e o Senado. O resultado foi quem nem mesmo a Comissão Especial – exigência regimental para analisar a proposta contida na MP -  chegou a ser montada.

Inconformado em não poder entregar mais esse presente aos grandes financiadores do governo, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) usou as redes sociais para atacar o conjunto dos trabalhadores. Ele lamentou que a MP 873 tenha “caducado” e atacou as entidades e movimentos sociais. O presidente anunciou ainda que o governo vai enviar projeto de lei ao Congresso para instituir a medida

Em nota publicada nesta sexta-feira, 28, a Fenajufe condenou a postura do governo de fomentar o ódio contra as entidades surgidas da luta organizada dos trabalhadores por salários dignos e melhores condições de trabalho.

A íntegra do documento pode ser lida a seguir:

Nota de Repúdio às declarações de Jair Bolsonaro contra as Entidades de Classe dos Trabalhadores(a)s Brasileiro(a)s

Federação Nacional dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal e Ministério Público da União – Fenajufe – vem a público REPUDIAR veementemente a postura do Presidente da República, Jair Bolsonaro, de atacar a idoneidade e legitimidade dos sindicatos, sejam do Serviço Público ou da Iniciativa Privada, bem como a legitimidade dos movimentos sociais legalmente organizados.

Ao usar as redes sociais para lamentar a caducidade da Medida Provisória 873, que procurava descapitalizar os entes de classe enquanto tramitava a "deforma" da previdência, e insinuar malversação dos recursos financeiros por parte das Entidades, o presidente demonstra profundo desconhecimento da Constituição Federal e da legislação internacional, no que tange à proteção e organização dos trabalhadores, deixando transparecer que para pouco ou nada lhe serviram os 27 anos de mandato legislativo como Deputado Federal.

Além disso, tal postura evidencia ainda o total desprezo que o governo tem quanto à realidade dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, já muito empobrecidos e fustigados pela reforma Trabalhista do governo Temer e agora, sob a ameaça da crueldade da "reforma" da Previdência, que jogará na miséria, aqueles que mais precisam da proteção do estado.

A Fenajufe avalia ainda como preocupante essa visão defendida pelo governo, uma vez que ataca, na prática, a liberdade sindical, pressuposto de uma democracia robusta e de alta intensidade. A prevalecer, pode ela reforçar a apatia e cordialidade com grande parte do conjunto dos trabalhadores aceita “pagar a conta” das benesses oferecidas ao alto empresariado e aos bancos, à custa da supressão dos próprios direitos.

Repudiamos hoje para o amanhã não ser de mordaça.

Brasília-DF, 28 de junho de 2019.

 

 

 

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Nota de Repúdio às declarações de Jair Bolsonaro contra as Entidades de Classe dos Trabalhadores(a)s Brasileiro(a)s

A Federação Nacional dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal e Ministério Público da UniãoFenajufe – vem a público REPUDIAR veementemente a postura do Presidente da República, Jair Bolsonaro, de atacar a idoneidade e legitimidade dos sindicatos, sejam do Serviço Público ou da Iniciativa Privada, bem como a legitimidade dos movimentos sociais legalmente organizados.

Ao usar as redes sociais para lamentar a caducidade da Medida Provisória 873, que procurava descapitalizar os entes de classe enquanto tramitava a "deforma" da previdência, e insinuar malversação dos recursos financeiros por parte das Entidades, o presidente demonstra profundo desconhecimento da Constituição Federal e da legislação internacional, no que tange à proteção e organização dos trabalhadores, deixando transparecer que para pouco ou nada lhe serviram os 27 anos de mandato legislativo como Deputado Federal.

Além disso, tal postura evidencia ainda o total desprezo que o governo tem quanto à realidade dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, já muito empobrecidos e fustigados pela reforma Trabalhista do governo Temer e agora, sob a ameaça da crueldade da "reforma" da Previdência, que jogará na miséria, aqueles que mais precisam da proteção do estado.

A Fenajufe avalia ainda como preocupante essa visão defendida pelo governo, uma vez que ataca, na prática, a liberdade sindical, pressuposto de uma democracia robusta e de alta intensidade. A prevalecer, pode ela reforçar a apatia e cordialidade com grande parte do conjunto dos trabalhadores aceita “pagar a conta” das benesses oferecidas ao alto empresariado e aos bancos, à custa da supressão dos próprios direitos.

Repudiamos hoje para o amanhã não ser de mordaça.

Brasília-DF, 28 de junho de 2019.

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Fenajufe participa do VIII Encontro Nacional de Mulheres da Federação Judicial Argentina

As coordenadoras da Fenajufe Elcimara Souza e Lucena Pacheco participaram do VIII Encontro Nacional de Mulheres da Federação Judicial Argentina, em Santa Rosa de Calamuchita, na província de Córdoba. O encontro ocorreu entre os dias 15 e 17 de junho e reuniu, aproximadamente, cem mulheres de várias províncias da Argentina, além da presença de Graciela Panizza, da Asociación de Funcionários Judiciales Del Uruguay.

A participação da Fenajufe no encontro reforça a integração da luta das mulheres e do funcionalismo público em toda a América latina. O recrudescimento do neoliberalismo no Continente tem vulnerado cada vez mais as trabalhadoras. No Brasil, a reforma trabalhista e a proposta de reforma da Previdência são exemplos disso.

O evento contou com a contribuição da psicóloga, escritora e jornalista feminista Liliana Hendel e da doutora em filosofia e diretora do Observatório de Gênero no Conselho de Magistratura da Cidade de Buenos Aires Diana Maffía, que discutiram as dificuldades impostas por uma sociedade machista e um judiciário patriarcal que não reflete a realidade e as necessidades das mulheres no acesso à Justiça - e nas relações de trabalho. As mulheres são as maiores vítimas de assédio moral, sexual e as mais prejudicadas com sobrecarga de trabalho fruto da dupla jornada.

No painel chamado “El sindicalismo es con nosotras: violência de gênero nos sindicatos e acordo coletivo com perspectiva de gênero” o debate foi sobre a importância da ocupação das mulheres nos espaços de negociação coletiva, tendo em vista indicações de pautas - sob o olhar feminino - com uma perspectiva de gênero. Outro ponto abordado no painel foi sobre o machismo nas instâncias sindicais e as ferramentas que permitem seguir na busca da paridade e equidade de gênero.

Para a coordenadora Elcimara Souza, o Encontro de Mulheres da Federação Judicial Argentina foi uma oportunidade para conhecer um pouco da organização das trabalhadoras argentinas, suas reflexões e problemas enfrentados. Permitiu ainda aprofundar discussões sobre os ataques à classe trabalhadora, que na Argentina enfrenta atualmente o governo Macri, e sobre o machismo. "Para nós da Fenajufe está colocado o desafio  de avançar nesse debate e na organização das mulheres, uma vez que atualmente a composição da entidade é majoritariamente masculina. Além disso, temos como tarefa votada no Congrejufe a realização de um encontro de mulheres", explica. 

Já para a coordenadora Lucena Pacheco, o evento foi importante para observar o quão as mulheres do judiciário argentino estão engajadas na conquista de seus direitos - enquanto trabalhadoras - e pela interferência no processo social. "Identificamos que nossos problemas são semelhantes: violência contra a mulher; não observância de paridade; falta de formação; referência nos textos e falas sempre no masculino", alerta. De acordo com a coordenadora, o encontro foi inspirador. "Acredito que poderemos construir um coletivo de mulheres na Fenajufe que irá fortalecer nossa participação não só no meio sindical, mas no Judiciário Federal", completa.

Outros temas debatidos no encontro: a importância da participação das mulheres no espaço sindical e nas comissões de negociação com a administração; a necessidade de democratização do judiciário; acesso à Justiça, falsa síndrome de alienação parental; respeito à diversidade sexual no poder judiciário, inclusive com o uso de uma linguagem inclusiva; negociação paritária a partir de uma perspectiva da economia feminista; o impacto da lei de alienação parental na vida das mulheres e a preparação para o 34º Encontro Nacional de Mulheres que ocorrerá em outubro e contará com a participação de mulheres de todo o país.

Confira:

         

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Centrais sindicais convocam reforço à mobilização em julho contra reforma da Previdência

As centrais sindicais convocaram, nesta sexta-feira, 28, o reforço da mobilização contra a reforma da Previdência, durante o mês de julho. O objetivo é intensificar a coleta de assinaturas no abaixo-assinado contra a reforma, já com data a ser entregue no Congresso nacional: 13 de agosto.

No documento, as centrais ainda orientam as entidades a participarem do Ato Nacional dos estudantes durante o Congresso da UNE, em Brasília, em 12 de julho, pela valorização da educação, incluindo a defesa da aposentadoria. No mesmo dia, a orientação é para que a classe trabalhadora se mobilize nos estados e nas cidades pela coleta de assinaturas dos abaixo-assinados. 

Confira a íntegra da nota:


Centrais sindicais mobilizadas: 

Contra o fim da aposentadoria, pela valorização da educação e por emprego

 

As Centrais Sindicais, reunidas em São Paulo em 28 de junho, avaliaram os resultados do importante trabalho feito pelos sindicalistas com os parlamentares dos partidos da minoria e partidos do centro na Câmara dos Deputados, para debater o conteúdo da Reforma da Previdência e o processo legislativo de votação. Neste processo, as entidades reafirmaram o posicionamento contrário e crítico ao relatório substitutivo do deputado Samuel Moreira. 

As Centrais alertam que os trabalhadores e as trabalhadoras devem se manter permanentemente vigilantes e destacam a importância de se reforçar a atuação junto ao Congresso Nacional, visando tratar das questões e do conteúdo dessa nefasta reforma. 

Nesse sentido, as Centrais Sindicais conclamam os trabalhadores e as trabalhadoras para o máximo esforço na atuação junto às bases dos deputados e senadores. 

Na reunião do dia 28, o Fórum dos Trabalhadores do Setor Público de São Paulo entregou às Centrais abaixo-assinados com milhares de assinaturas. 

No encontro, registrou-se o ataque que o Sindicato dos Metroviários de São Paulo vem recebendo da empresa e as demissões de trabalhadores metroviários. As Centrais Sindicais se solidarizaram com os trabalhadores e a entidade. 

Os sindicalistas também manifestaram repúdio pelas práticas antissindicais observadas em outras unidades do país e em outros locais do estado e, por isso, as Centrais vão solicitar audiência com o governador de São Paulo para um diálogo no sentido de garantir o direito de organização e manifestação. 

Os próximos passos unitários das Centrais serão os seguintes: 

  • Julho será o mês para intensificar, todos os dias, nos locais de trabalho, nas praças e nos locais públicos, a coleta de assinaturas no abaixo-assinado contra o fim da aposentadoria. O prazo para conclusão da coleta de assinaturas é 4 de agosto. Solicitamos a todos que organizem atividades conjuntas de coleta das assinaturas. 
  • Prazo para a entrega dos abaixo-assinados na sede nacional da sua Central Sindica: 8 de agosto. 
  • Entrega do abaixo-assinado das Centrais no Congresso Nacional: 13 de agosto, em Brasília. 
  • Apoiar, valorizar e participar do Ato Nacional dos estudantes durante o Congresso da UNE, em Brasília, em 12 de julho, pela valorização da educação, incluindo a defesa da aposentadoria. No mesmo dia, a orientação é para que a classe trabalhadora se mobilize nos estados e nas cidades pela coleta de assinaturas dos abaixo-assinados. 
  • Apoiar e participar da Marcha das Margaridas em 14 de agosto, também em Brasília. 
  • Apoiar e participar da luta dos professores, coordenada pela CNTE, em 13 de agosto. 
  • Próxima reunião das Centrais Sindicais: 16 de julho. 

  

CUT - Central Única dos Trabalhadores 

Força Sindical 

UGT - União Geral dos Trabalhadores

CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

NCST - Nova Central Sindical de Trabalhadores

CSB - Central dos Sindicatos Brasileiros 

CGTB - Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

CSP-Conlutas - Central Sindical e Popular Conlutas 

Intersindical - Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora Intersindical - Central da Classe Trabalhadora

Pública - Central do Servidor

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Fenajufe acompanha sessão do CSJT nesta sexta-feira, 28

O Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) realiza nesta sexta-feira, 28, sessão que analisará matérias de interesse dos servidores da pasta. O coordenador Roberto Policarpo, no plantão da semana, acompanha a última reunião do Conselho, neste semestre.

Um dos temas na pauta para análise do plenário é o reajuste da indenização de transporte paga aos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais da Justiça do Trabalho, objeto do processo CSJT-PP-3204-03.2018.5.90.0000

Também a devolução ao erário de valores indevidamente recebidos por servidores ativos e inativos a título de vantagem pessoal, correspondente à atualização de quintos/décimos. 

Por fim, outro ponto que também deverá ser discutido pelos ministros diz respeito à devolução de valores pagos aos servidores a título de tutela antecipada referente ao reajuste de 47,94%. O Sindjufe (MS) é uma das partes no processo.

A sessão tem início às 9 horas no Edifício-sede do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Acompanhe:


 

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Encontro Nacional dos Técnicos em Fortaleza contará com representação da Fenajufe

Os coordenadores Costa Neto e Ronaldo das Virgens, respectivamente Coordenador-Geral e Coordenador de Políticas Permanentes da Fenajufe - representarão a entidade no Encontro Nacional dos Técnicos do Poder Judiciário Federal que acontece no sábado, 29, em Fortaleza, no Ceará. Também estarão presentes os coordenadores Charles Bruxel, Engelberg Belém, Epitácio Júnior, Ranulfo Filho e Roniel Andrade.

O evento é organizado pelo Sintrajufe (CE), com apoio do Sinje (CE), Sindissétima (CE) e da Anatecjus. A pauta principal do encontro será a discussão do cenário atual da luta em defesa do cargo, as perspectivas e as estratégias de atuação.

Como principal tema do evento serão debatidas ações e estratégias para a implementação do nível superior para ingresso na carreira de Técnico (NS), com o envio de projeto de lei pelo STF ao Congresso Nacional. Outras demandas de grande relevância serão debatidos, dentre eles a volta da sobreposição de remuneração e o retorno dos cargos à área judiciária.

Os coordenadores da Fenajufe consideram que esse tem um papel preponderante na discussão das demandas específicas do maior segmento da nossa categoria, contribuindo para fomentar a construção de um novo plano de carreira para todos.

O encontro nacional acontece a partir das 9 horas no Seara Hotel Praia, na Avenida Beira Mar.

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Adiamento da comissão especial nesta quinta (27) expõe desarticulação do governo e força da oposição

A reunião da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a reforma da Previdência, prevista inicialmente para a manhã desta quinta-feira (27), acabou sendo cancelada. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está servindo como articulador da reforma pelo governo, vai se reunir com os líderes partidários para discutir a próxima etapa de análise da proposta. O cancelamento foi uma vitória para o conjunto dos trabalhadores, entidades sindicais e oposição, uma vez que a previsão da comissão era realizar a votação nesta quinta.

A intenção é alinhar os passos da tramitação que entra na fase de votação, além de avaliar complementação de voto que será apresentada pelo relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). Maia sinalizou, ainda, que o acordo para reincluir estados e municípios na proposta está indefinido.

Desde a apresentação do relatório, quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que os deputados estavam "abortando a nova Previdência", o relacionamento com os parlamentares novamente foi esfriado. Um dos argumentos de Guedes, inclusive, é atacar os servidores públicos acusando-os de serem privilegiados. Percebe-se total falta de sintonia entre o Executivo e o Legislativo e um desacordo profundo com a sociedade e a classe trabalhadora.

Outro entrave da bancada do governo é com o centrão, que ameaça atrasar a votação caso os deputados do PSL insistam na reinclusão das mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Para frear de vez a reforma da Previdência de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, a luta unificada se faz necessária e urgente. Ocupar os espaços: cobrar os parlamentares em suas bases eleitorais, pressionar nos aeroportos, colocar cartazes dos que são a favor da reforma e, assim, reforçar a insatisfação contra a PEC. Mesmo com as alterações já apresentadas, o texto alivia para os banqueiros e mercado financeiro enquanto ataca os trabalhadores - da iniciativa privada e servidores públicos.

Convocatória

A Fenajufe convocou atuação conjunta de todos os sindicatos filiados para pressionar deputados e senadores em Brasília na semana de 2 a 5 de julho, a votarem contra a reforma da Previdência. A iniciativa chega no momento em que a análise da proposta na Comissão Especial da Câmara dos Deputados entra na reta final.

Leia mais: Fenajufe convoca sindicatos à pressão contra reforma da Previdência no Congresso de 2 a 5 de julho 

 

Raphael de Araújo, a serviço da Fenajufe

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